Passos recua e desiste de cortar atuais pensões - TVI

Passos recua e desiste de cortar atuais pensões

Programa eleitoral da coligação vai ser apresentado esta tarde e não prevê cortes nas pensões atuais. Plafonamento da Segurança Social e Educação também integram documento que será detalhado por Passos Coelho e Paulo Portas

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Os presidentes do PSD, Pedro Passos Coelho, e do CDS-PP, Paulo Portas, vão apresentar esta quarta-feira o programa eleitoral da coligação Portugal à Frente, às 18:30, num hotel de Lisboa.

Passos Coelho tem relativizado a importância deste documento, afirmando que os portugueses já conhecem a estratégia de PSD e CDS-PP para o país, que, no essencial, está inscrita no Programa de Estabilidade para os próximos quatro anos que o Governo apresentou em Bruxelas.

A 3 de junho, quando as linhas de orientação do programa eleitoral de PSD e CDS-PP foram apresentadas, dirigindo-se aos dirigentes responsáveis pela sua elaboração, Passos Coelho recomendou: "Não precisam de se pôr com invenções, não precisam de espremer a imaginação para surpreender os portugueses".

Segundo o chefe do executivo PSD/CDS-PP, esses dirigentes teriam "apenas de se inspirar na estratégia que foi sendo concertada metodicamente nestes anos" de governação.


Segundo o Jornal de Negócios, o programa eleitoral mantém a necessidade de fazer uma reforma estrutural no sistema de pensões, mas afasta o corte nas pensões em pagamento, medida que ao longo desta legislatura o Governo defendeu como sendo a solução mais justa.
 
No entanto, em contrapartida, prevê alterações às futuras pensões que, na prática, voltam a reduzir o montante a receber por quem está agora em idade ativa.
 
O cenário exige ação, mas “o Tribunal Constitucional nunca aceitará um corte nas pensões em pagamento”, declarou Passos durante a Redação Aberta do Negócios.

"Não vou fazer esse tipo de experiências com o Tribunal Constitucional. Não quer não quer (cortes nas pensões em pagamento). Está o caso arrumado", justificou.


Sustentabilidade da Segurança Social e Educação integram programa


O plafonamento da Segurança Social e liberdade de escolha na educação também deverão constar do programa eleitoral da coligação PSD/CDS-PP, que poderá também conter alterações ao sistema político associadas a uma revisão da Constituição.

Estes princípios foram avançados pelos dirigentes do PSD José Matos Correia e do CDS-PP Assunção Cristas, responsáveis pela coordenação do programa eleitoral da coligação Portugal à Frente, durante um período de respostas a sugestões e perguntas feitas através da rede social Facebook, no dia 27 de junho.

A 11 de julho, Matos Correia e Assunção Cristas adiantaram aos jornalistas outras medidas a incluir no programa eleitoral de PSD e CDS-PP, como a possibilidade de os idosos permanecerem "voluntariamente" ou "em reforma parcial" no mercado de trabalho, e a reposição dos quarto e quinto escalões do abono de família.

A apresentação do programa eleitoral da coligação Portugal à Frente tinha sido inicialmente prometida por Passos Coelho para "o final de junho", recorda a Lusa.
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