O Governo português possui um plano de contingência para a comunidade portuguesa na Venezuela, em caso de agravamento da situação no país, assegurou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.
À luz da lei portuguesa, dispomos sempre de planos de contingência, também procurando responder a eventuais problemas que ocorram, e esses planos de contingência existem em relação a todas as regiões onde se localizam comunidades portuguesas”, referiu Santos Silva, numa conferência de imprensa conjunta em Lisboa com o chefe da diplomacia de Havana, Bruno Rodríguez Parrilla.
Sem revelar pormenores sobre o que está acautelado para auxiliar as centenas de milhares de portugueses na Venezuela, onde se vive diariamente uma situação de conflito entre a população, o ministro frisou que "o que vale para o todo, vale para cada uma das suas partes. Portanto nós temos um plano de contingência em relação a eventuais problemas com a situação dos portugueses na Venezuela, como temos planos de contingência em relação a eventuais problemas com portugueses na República Democrática do Congo ou em outros espaços”.
O chefe da diplomacia portuguesa recordou ainda, numa referência específica à situação política e social na Venezuela, que “Portugal tem cerca de cinco milhões de naturais de Portugal ou com nacionalidade portuguesa vivendo no estrangeiro, e em relação a todos eles temos obrigações constitucionais de proteção consular e de proteção em circunstâncias de insegurança ou de outros incidentes que possam pôr em perigo o sue bem-estar ou as suas próprias condições de existência”.