Afonso Candal despede-se do Parlamento pedindo «concertação de esforços» - TVI

Afonso Candal despede-se do Parlamento pedindo «concertação de esforços»

Afonso Candal

Deputado socialista vai renunciar ao mandato na próxima segunda-feira

O dirigente da bancada socialista Afonso Candal despediu-se esta sexta-feira do Parlamento com um discurso de apelo à existência de consensos políticos nos próximos anos, até que o país se aproxime de uma situação de saldos orçamentais positivos.

Afonso Candal, que segunda-feira renuncia ao seu mandato de deputado por motivos pessoais, foi o deputado da bancada do PS escolhido para encerrar o debate do Orçamento do Estado para 2011.

O ex-líder do PS/Aveiro e vice-presidente da bancada socialista elogiou a «resistência do primeiro-ministro» perante as dificuldades, mas a sua mensagem central foi a ideia de que a actual situação do país impõe consensos.

«Tão cedo Portugal não estará em condições para amortizar o que lhe foi emprestado, porque para isso precisa de ter saldos orçamentais positivos. Por isso, o esforço de consolidação orçamental tem de ser continuado», advertiu.

Neste contexto, Afonso Candal referiu-se à existência de um quadro de maioria relativa no Parlamento e aos desafios que a economia portuguesa tem pela frente.

«É preciso termos a consciência da dimensão dos nossos problemas para termos a energia e encontramos as soluções para os ultrapassar. Este quadro político exige a todos concertação de esforços», disse.

Visivelmente emocionado, Afonso Candal, de 39 anos e que tem 15 anos consecutivos de Parlamento, deixou palavras de elogio ao presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, à secretária-geral do Parlamento, ao responsável pela segurança, o tenente-coronel Pimenta, aos serviços de todas as bancadas e a vários deputados socialistas, como Francisco Assis ou António José Seguro.

Mas Candal referiu-se igualmente aos deputados que têm idade próxima da sua e que, tal como no seu caso, também entraram para o Parlamento em 1995: o líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares e o deputado social-democrata Sérgio Vieira.

Candal considerou estes casos de jovens deputados, mas com década e meia de Parlamento, como «aberrações estatísticas» ¿ comentário humorístico que ajudará a explicar o facto de a sua intervenção ter recebido palmas de várias bancadas.
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