"Desejei boa sorte ao António Costa que vai ser primeiro-ministro. O caso está internamente resolvido", começou por dizer aos jornalistas o principal opositor interno do entendimento à esquerda, alcançado finalmente este domingo depois de semanas de negociações.
Já sobre a disponibilidade para integrar o Governo de António Costa - já que a esquerda vai derrubar o Executivo de Passos Coelho na terça-feira, com as moções de rejeição autónomas anunciadas e partindo do pressuposto que o Presidente da República indigita o líder do PS como primeiro-ministro - Francisco Assis disse que está fora.
"É evidente que ninguém chegará ao ponto de me convidar, mas obviamente não estou [disponível]. Seria uma infâmia perante mim próprio admitir essa possibilidade"
De qualquer modo, o que defendeu como mais importante é que, "havendo uma solução política que dispõe de suporte maioritário no Parlamento", Cavaco Silva "deve dar posse" a essa solução.
Os jornalistas ainda tentaram questionar o eurodeputado socialista sobre se deverá haver uma moção de confiança ao Executivo PS. Assis respondeu apenas: "Isso agora já não é comigo. A partir de agora, silêncio".