Carlos César diz que conflitos com Centeno dentro do Governo são mera "fumaça" - TVI

Carlos César diz que conflitos com Centeno dentro do Governo são mera "fumaça"

  • BC
  • 4 dez 2019, 14:06
Carlos César

Presidente do PS tem participado nas reuniões de coordenação política a propósito do Orçamento do Estado para o próximo ano e diz que não há "fogo" dentro do governo, apenas "fumaça"

O presidente do PS considerou hoje mera "fumaça" a existência de tensões dentro do Governo por causa do próximo orçamento e contrapôs que são bem mais graves eventuais convergências desde o PSD ao PCP em matéria orçamental.

Esta posição foi transmitida por Carlos César no programa da TSF "Almoços grátis", depois de questionado sobre o conflito entre os ministros da Administração Interna, Eduardo Cabrita, e das Finanças, Mário Centeno, a propósito das verbas previstas para as forças de segurança no Orçamento do Estado para 2020.

Como presidente do PS, participo nas reuniões de coordenação política e digo que não há fogo [dentro do Governo], apenas alguma fumaça", respondeu o ex-líder da bancada socialista.

Carlos César classificou depois o alegado conflito entre os ministros Eduardo Cabrita e Mário Centeno como uma "efabulação, um enredo artificial e sem consequências", alegando que "nunca nenhum Governo funcionou sem uma tensão entre meios pretendidos e recursos disponíveis".

É evidente que todos os ministros gostariam de ter mais meios. Situações dessas são normais em trabalhos preparativos dos orçamentos e, portanto, não haverá consequências políticas, até porque cabe ao primeiro-ministro [António Costa] definir onde se aplicam os recursos disponíveis", defendeu o presidente do PS.

De acordo com Carlos César, a fonte de maior "indefinição" em termos orçamentais e que pode gerar "males maiores" relaciona-se com as negociações entre o Governo e os outros partidos.

Aí sim, com os partidos parlamentares pode haver um conflito de prioridades", indicou o presidente do PS, apontando como exemplo o facto de poder assistir-se dentro em breve a uma convergência "desde o PCP ao PSD" para a descida do IVA da energia.

"Uma medida que teria pouco impacto na fatura dos contribuintes mas que, no seu conjunto, poderia custar entre 700 e 800 milhões de euros - um montante essencial para reforçar o investimento na saúde no próximo ano. O problema pode estar antes nos partidos que ultrapassam a fronteira da responsabilidade", acrescentou.

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