Défice: "Mesmo com rigor, será dífícil responder aos desvios" - TVI

Défice: "Mesmo com rigor, será dífícil responder aos desvios"

PS destacou os "dados altamente preocupantes" a nível orçamental revelados na quinta-feira pela Unidade Técnica de Apoio Orçamental

O PS chamou esta sexta-feira a atenção para os "dados altamente preocupantes" a nível orçamental revelados na quinta-feira pela Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), advogando que "afinal não houve uma saída limpa na execução orçamental" do país. O deputado socialista João Paulo Correia, que falou aos jornalistas no parlamento, esta sexta-feira, sublinhou que será difícil atingir a meta mesmo que "com rigor" que o Executivo está predisposto a introduzir.

"Os desvios na receita e despesa dificilmente serão respondidos pelas almofadas orçamentais incorporadas pelo anterior governo no Orçamento de 2015."


O deputado falava após se ter ficado a saber que a UTAO estima que o défice das administrações públicas, em contas nacionais, tenha ficado nos 3,7% entre janeiro e setembro deste ano, um valor acima da meta do anterior Governo para a totalidade do ano.

Estes são "dados altamente preocupantes", mas o PS "quer acreditar" que é possível atingir os 3% de défice no final de 2015.

"Mesmo com o rigor que este Governo está predisposto a introduzir desde o primeiro dia da sua governação até ao dia 31 de dezembro será difícil responder aos desvios que já estão previstos para o mês de dezembro."


Os desvios, prosseguiu, estão já identificados e dizem respeito a um aumento da aquisição de bens e serviços acima do previsto e a despesa com pessoal a nível salarial.

Para que o défice orçamental fique abaixo dos 3% no final de 2015, garantindo o encerramento do Procedimento dos Défices Excessivos (PDE), "o saldo orçamental do quarto trimestre terá de se situar também numa situação próxima do equilíbrio, mas com um resultado relativamente menos exigente do que para o cumprimento da meta anual", sinaliza a UTAO.
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