Freeport: Ana Gomes quer intervenção de Cavaco e a demissão de Pinto Monteiro - TVI

Freeport: Ana Gomes quer intervenção de Cavaco e a demissão de Pinto Monteiro

Ana Gomes

A eurodeputada rema contra a maré PS e diz que a crise na justiça «é mais grave que a crise económica». Para Ana Gomes «vivemos a crise mais grave desde o 25 de Abril»

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«Vivemos a crise mais grave depois do 25 de Abril num pilar essencial para o Estado de direito e continua tudo a banhos descansadamente?». A pergunta é de Ana Gomes e a eurodeputada está preocupada com o estado da justiça em Portugal. Mais uma vez, a eurodeputada socialista rema contra a maré PS.

Ana Gomes diz que a situação na justiça «é mais grave que a crise económica».

Em entrevista ao jornal «I», Ana Gomes defende que o presidente da República deve intervir, a exemplo das comunicações que fez ao país nos casos das «escutas a Belém», o Estatuto dos Açores e o casamento homossexual.

E «não bastaria uma comunicação». Para a eurodeputada, o presidente devia sentar-se com o Governo e o Parlamento e juntos arranjarem soluções para a crise da justiça em Portugal.

Ao contrário do PS, Ana Gomes defende a demissão de Pinto Monteiro e de Cândida Almeida. «Era elementar que o procurador-geral e a directora do DCIAP se demitissem. Se não, que fossem demitidos e substituídos por quem fosse capaz de reformular a justiça».

Para esta afirmação contribuem as últimas notícias do caso Freeport. Ana Gomes descreve como «inqualificável» a decisão de incluir as perguntas a Sócrates no despacho, e que a situação é «muito pior se tiver resultado de negociações em que interveio directamente a directora do DCIAP», porque «dá a sensação de que questões essenciais da justiça estão dependentes de negociações».

Ana Gomes, sem meias-palavras: «Quero que se vá ao fundo do caso Freeport, porque se foi tudo uma montagem, temos que saber quem é que está por detrás da montagem».

E mais disse: «É inacreditável que um processo que envolve o primeiro-ministro não tenha sido acompanhado ao mais alto nível, tenha demorado tanto tempo e não se tenham feito as diligências básicas. Por que é que não se fizeram?». A pergunta é de Ana Gomes. Para a eurodeputada, «a desconfiança que isto introduz na justiça é total».
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