Militantes pedem demissão da presidente das mulheres socialistas - TVI

Militantes pedem demissão da presidente das mulheres socialistas

Entre as subscritoras de uma carta enviada a Isabel Coutinho, está Edite Estrela

Um grupo de militantes socialistas exigiu esta segunda-feira a demissão da presidente do Departamento das Mulheres Socialistas acusando Isabel Coutinho de ter assumido uma «posição de fação» nas primárias, tendo a responsável respondido que tem «um mandato para cumprir».

A carta enviada a Isabel Coutinho é subscrita por 32 mulheres, entre as quais presidentes de federação, presidentes de Câmara e deputadas, como as deputadas Ana Paula Vitorino, Elza Pais e Maria Antónia Almeida Santos, a ex-eurodeputada Edite Estrela ou a presidente da Câmara da Amadora, Carla Tavares.

«Na sequência do processo das eleições primárias realizadas no passado dia 28 de setembro, para a escolha do candidato do PS a primeiro-ministro, ficou claro que a presidente do DNMS [Departamento Nacional das Mulheres Socialistas] assumiu uma posição de fação, tendo deixado de ter legitimidade política para o exercício do cargo que visa representar todas as socialistas», lê-se na carta.

Contactada pela Lusa, Isabel Coutinho afirmou respeitar as subscritoras e o assunto da missiva, mas entende que o departamento das Mulheres Socialistas está «perfeitamente legitimado no cargo». «Tenho um mandato para cumprir, que termina no próximo ano», declarou Isabel Coutinho, não querendo fazer mais comentários.

Edite Estrela, uma das subscritoras, argumentou à Lusa que, nas primárias que conduziram à vitória de António Costa, Isabel Coutinho, que apoiou António José Seguro, «não se envolveu apenas como militante, mas envolveu o próprio departamento das Mulheres Socialistas e isso não é aceitável». «Como, de acordo com os estatutos, as eleições para o departamento das Mulheres Socialistas ocorrem em simultâneo com as eleições diretas para o secretário-geral do PS e tendo em conta que vai haver eleições diretas, achamos que devia haver eleições para o departamento das Mulheres Socialistas. Há a necessidade de legitimar um novo programa de ação para o departamento, tendo em conta o novo ciclo que se abriu no PS», disse Edite Estrela.

As eleições diretas no PS estão marcadas para o dia 21 de novembro, realizando-se o Congresso passada uma semana desse escrutínio.
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