Partidos comentam data das legislativas - TVI

Partidos comentam data das legislativas

PSD queria eleições no mesmo dia mas respeita. Restantes aplaudem decisão

O Partido Social Democrata «foi o único que defendeu a simultaneidade das eleições» tendo em conta «o interesse nacional» mas respeita a decisão do Presidente da República de marcar as legislativas para 27 de Setembro.

Em declarações aos jornalistas, logo após o anúncio de Cavaco Silva, o vice-presidente do PSD, José Pedro Aguiar Branco declarou que os sociais-democratas estão «confiantes» na vitória.

Os social-democratas argumentam que «os restantes partidos olham mais para os seus interesses próprios do que para o interesse nacional», acrescentando que as eleições no mesmo dia permitiriam combater a abstenção e conter a despesa.

Eleições legislativas a 27 de Setembro

Por seu lado, o porta-voz do PS saudou a «decisão acertada» e que valoriza o «interesse nacional».

«Com eleições em dias separados conseguimos ter um espaço de debate para as eleições legislativas e um espaço de debate para as autárquicas», defendeu João Tiago Silveira.

«O PS no seu programa vai prestar especial atenção às classes médias e ajudá-las a ultrapassar este momento de crise mundial com estratégia, liderança e determinação», garantiu, acrescentando o interesse em que a campanha decorra «com elevação».

Para o porta-voz do CDS/PP, Pedro Mota Soares, o Presidente da República «demonstrou uma enorme isenção e independência», sendo que «esta data serve melhor porque permite que o próximo governo possa apresentar o seu Orçamento de Estado em tempo útil».

Autárquicas marcadas para 11 de Outubro

Já a deputada Helena Pinto do Bloco de Esquerda considera que «a posição assumida pelo Presidente da República de marcar as legislativas para uma data diferente das autárquicas corresponde à posição assumida pela maioria dos partidos, incluindo o Bloco de Esquerda».

As eleições legislativas e autárquicas pressupõem «dois debates diferentes» e o Bloco de Esquerda está «preparado para estes dois actos eleitorais», assegurou.

O PCP considera que a data marcada, um mês antes das autárquicas, é a solução que «melhor promove» o conhecimento dos programas eleitorais por parte dos portugueses, apesar de o «prazo» entre as duas eleições ser «relativamente curto».

Jorge Cordeiro, do Secretariado e Comissão Política do PCP, defendeu à Lusa que o prazo entre as duas eleições «é relativamente curto mas distinto», o que «permite separar e dar uma margem a que, terminadas as legislativas, os portugueses se possam concentrar» nos programas que os diferentes partidos políticos vão apresentar para as autárquicas.
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