PCP mantém moção de rejeição autónoma - TVI

PCP mantém moção de rejeição autónoma

Enquanto não houver um resultado final das negociações com o PS e o Be

O líder parlamentar comunista reafirmou esta terça-feira a intenção de apresentar uma moção de rejeição ao novo Governo PSD/CDS-PP, aquando da apresentação do seu programa, até "decisão em contrário", e consoante as negociações com PS e BE.

João Oliveira agradeceu a apresentação de cumprimentos ao ministro dos Assuntos Parlamentares, Carlos Costa Neves, em ronda por todas as bancadas parlamentares, e assegurou que "a palavra de um comunista vale tanto como um papel assinado", referindo-se à necessidade ou não de haver um documento subscrito pelos líderes socialista, bloquista e comunista, com vista à constituição de uma alternativa de governo.

"Essa foi a disponibilidade que assumimos desde a noite das eleições. Não havendo decisão em contrário, essa disponibilidade é a que se mantém. É a única coisa que posso garantir", adiantou, sobre a eventual moção de rejeição autónoma por parte do PCP, acrescentando ainda sobre as conversações à esquerda que "a palavra de um comunista vale tanto como um papel assinado, nesta circunstância", sem qualquer "novidade ou comentário", pois o processo está em curso.


O líder parlamentar socialista, Carlos César, frisara minutos antes que um acordo com PCP e BE tem de ficar "aclarado" até à discussão do programa de Governo PSD/CDS-PP, ou seja, até segunda-feira, e só com uma alternativa consolidada os socialistas votarão favoravelmente ou apresentarão uma moção de rejeição.

"Enquanto não existir um acordo firmado com o PCP e Bloco de Esquerda, não vale a pena valorar o estado das negociações como estando a 90 ou a 40 por cento", especificou César.


Para João Oliveira, "a decisão do Presidente [da República, de dar posse ao executivo liderado por Passos Coelho] desrespeita a vontade expressa pelo povo português nas eleições de dia 04 de outubro, quando decidiu condenar o Governo de PSD e CDS".

"Uma decisão em confronto com a Constituição da República Portuguesa e geradora de instabilidade porque se tratou da solução com menos estabilidade, inclusivamente não havendo garantias de entrada em funções", resumiu João Oliveira.

 
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