Plano do Governo para as migrações é «aspirina eleitoral» - TVI

Plano do Governo para as migrações é «aspirina eleitoral»

Emigrantes

PS diz que não passa de «uma cópia desajeitada» de propostas já formuladas pelos socialistas

O PS considerou que o Plano Estratégico para as Migrações 2015-2020 anunciado esta quinta-feira pelo Governo constitui apenas uma «aspirina eleitoral» inventada à última hora, defendendo também que se trata de uma «cópia desajeitada» de anteriores propostas socialistas.

Esta posição foi transmitida à agência Lusa por Porfírio Silva, membro do Secretariado Nacional do PS, após o Conselho de Ministros ter aprovado o Plano Estratégico para as Migrações 2015-2020, apresentando como novidade a inclusão de incentivos ao regresso de emigrantes, através de apoios à contratação de desempregados e à criação de emprego próprio em Portugal.

Porfírio Silva disse que esta medida não passa de «mais um anúncio» por parte do Governo, já que não explica os meios para a concretização do programa, «o que não deixa de causar uma enorme perplexidade».

«Mais de 400 mil pessoas emigraram nos últimos anos, dos quais cerca de cem mil são jovens, alguns deles extremamente qualificados. Neste campo, o país regressou aos níveis da década de 60», apontou o dirigente socialista, antes de criticar a atuação do executivo PSD/CDS.

«Estamos perante técnicas de anúncios que não passam de aspirinas eleitorais inventadas à última hora. Com este tipo de atitudes, o Governo revela a sua falta de respeito pelas pessoas que sofreram as consequências das suas políticas», acusou Porfírio Silva.

Ainda de acordo com o membro do Secretariado Nacional do PS, o Governo apresentou «uma cópia desajeitada» de propostas já formuladas pelos socialistas.

«Entre outras propostas, o PS apresentou medidas para facilitar o regresso de emigrantes e de descendentes de emigrantes a Portugal; um programa para atrair para o desenvolvimento de projetos inovadores em território nacional; um projeto para o desenvolvimento de instrumentos digitais para a transferência de direitos adquiridos lá fora; e um programa ‘Erasmus Portugal' para a promoção da mobilidade no Ensino Superior», sustentou.

Em suma, na perspetiva de Porfírio Silva, «o Governo não quis ouvir e à última hora tenta copiar desajeitadamente propostas do PS».
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