Portugal «não espera nem precisa» de um bloco central - TVI

Portugal «não espera nem precisa» de um bloco central

António Costa, em resposta a Passos Coelho, diz que o PS constitui uma alternativa às políticas do atual Governo

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O secretário-geral do PS disse este sábado, em Santarém, que o país «não está à espera nem precisa de um bloco central» e que o Partido Socialista constitui uma alternativa às políticas do atual Governo.

António Costa comentava a entrevista do primeiro-ministro publicada no semanário «Expresso», na qual Pedro Passos Coelho admite nova coligação com o CDS-PP e não descarta a ideia de um bloco central. De acordo com a Lusa, o líder do PS falava à chegada ao Encontro Nacional de Autarcas Socialistas que decorre ao longo de todo o dia no Centro Nacional de Exposições, em Santarém.

«O país não está à espera nem precisa de um bloco central. O país precisa de uma mudança e essa mudança é a alternativa a construir pelo PS», afirmou António Costa, frisando que o encontro deste sábado se insere no «primeiro capitulo» da agenda do partido para a década, «centrado na valorização do território».

António Costa sublinhou que «finalmente», o primeiro-ministro «clarificou» que «sente a necessidade de fazer uma coligação com CDS para tentar enfrentar o PS».

«Hoje as coisas ficam muito mais claras: ou nós ou eles, é esta a opção. Isso corresponde àquilo que o país sente que é necessário e que o PS afirmou claramente no seu congresso», afirmou.

O líder socialista afirmou que a entrevista de Passos Coelho é um “péssimo sinal de resignação perante os graves problemas de pobreza e desemprego” que o país vive.

«O primeiro-ministro não tem uma proposta a apresentar, uma ideia a sugerir, uma medida a adotar», declarou, invocando a «chamada de atenção» feita esta semana pela Comissão Europeia para o «efeito devastador» das políticas do atual Governo “na pobreza e na injustiça».

Para António Costa, a entrevista de Passos Coelho revela «não só resignação perante a pobreza, o desemprego e os problemas do país», mas também a vontade de «simplesmente fazer mais do mesmo».

«Aquilo que o país precisa é de mudança, fazer mais, fazer melhor», lançando o país numa «trajetória de crescimento sustentado, sustentável, criador de emprego» e que permita «vencer a estagnação», afirmou.

O líder socialista assegurou que o seu partido tem «uma agenda para próxima década que tem medidas muito concretas», referindo a apresentação da estratégia nacional de combate à pobreza infantil e juvenil, de políticas ativas de emprego para os jovens mais qualificados, de dinamização de setores com capacidade para absorver mão-de-obra intensiva.

O Encontro Nacional de Autarcas Socialistas decorre sob o lema «Valorizar o Território, Descentralizar e Aproximar».
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