Seguro diz que excedente prova austeridade «excessiva» - TVI

Seguro diz que excedente prova austeridade «excessiva»

Seguro (Lusa/António Cotrim)

Líder do PS defende que também são necessárias «medidas de crescimento económico»

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O secretário-geral do PS afirmou esta quarta-feira que a existência de um excedente de três mil milhões de euros é a prova da austeridade «excessiva» seguida pelo Governo, contrapondo que os socialistas defendem a «austeridade doseada».

De acordo com a Lusa, António José Seguro falava no início de um jantar de natal do Grupo Parlamentar do PS, depois de ter estado reunido com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, em São Bento.

Na sua intervenção, o secretário-geral do PS disse que a diferença face à maioria PSD/CDS não está na necessidade de disciplina orçamental e na capacidade de honrar os compromissos internacionais, «mas na forma mais adequada para consolidar as contas públicas».

O Governo, disse, «está convencido que é com medidas de austeridade, com austeridade excessiva, que consegue atingir os objectivos, enquanto que o PS defendeu uma austeridade doseada com medidas de crescimento económico».

Seguro referiu depois que o Governo antecipou o aumento do IVA da energia e aplicou uma sobretaxa aos subsídios de natal, medidas que renderam cerca de mil milhões de euros.

«No entanto, quarta-feira, o ministro das Finanças [Vítor Gaspar] confirmou o que o primeiro-ministro já tinha dito depois de aprovado o Orçamento para 2012 de que afinal o défice não ficaria em 5,9 por cento, mas em quatro por cento. Isto é, usando a linguagem do primeiro-ministro, havia um excedente superior a três mil milhões de euros», referiu o secretário-geral do PS.

Segundo António José Seguro, a existência deste excedente acabou por dar razão ao PS, que desde Julho alertou para esta situação.

«Mesmo em Outubro disse ao primeiro-ministro que estava em condições de evitar mais sacrifícios aos pensionistas, aos reformados, aos funcionários públicos e aos trabalhadores. [Dinheiro] que tanta falta faz aos pensionistas, aos reformados e aos trabalhadores e que tanta falta fazem para a dinamização do pequeno comércio», disse.
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