Seguro: «Este problema foi criado por António Costa» - TVI

Seguro: «Este problema foi criado por António Costa»

Seria uma «fraude» eleições primárias em período de férias, defende secretário-geral do PS

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O secretário-geral do PS salientou esta sexta-feira que a sua proposta de eleições primárias foi aprovada por «esmagadora» maioria e rejeitou críticas à data de 28 de setembro, considerando que seria «fraude» realizar o ato eleitoral nas férias.

António José Seguro falava aos jornalistas no final da reunião Comissão Política Nacional do PS, que aprovou apenas com seis votos contra a realização de eleições primárias para a escolha do candidato socialista ao cargo de primeiro-ministro.

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Perante os jornalistas, António José Seguro frisou que a proposta de primárias «obteve esmagadora maioria, o que constitui um momento muito importante» na vida do seu partido.

«Espero agora que haja todas as condições para que os portugueses se envolvam neste debate e, particularmente, possam votar no dia 28 de setembro», disse.

Interrogado se a data de 28 de setembro pode ser considerada tardia - já que se poderá abrir em Portugal uma crise política na sequência de uma demissão do Governo -, o secretário-geral do PS deixou críticas ao presidente da Câmara de Lisboa.

«Não fui eu que criei este problema. Este problema foi criado por António Costa. Eu resolvi este problema», sustentou.

Já quando confrontado com a posição da corrente de António Costa, que defendeu que este processo de eleições primárias deveria terminar em julho, o líder socialista contrapôs: «Seria uma fraude se o PS fizesse essa escolha [de eleições primárias] em julho ou agosto, período de férias para uma parte significativa dos portugueses», alegou.

De acordo com o Seguro, tanto o debate das primárias, como o ato eleitoral para a escolha do candidato socialista a primeiro-ministro, «devem ocorrer num momento que possa propiciar a maior participação e envolvimento dos portugueses».

«Seria uma fraude completa decidir esta abertura política, mas, simultaneamente, fazer uma escolha nas costas dos portugueses, quando uma parte significativa se encontra de férias», frisou.

Questionado como pode o PS ter força política na atual conjuntura política, Seguro salientou que continua a exercer o cargo de secretário-geral do partido. «E tenciono continuar secretário-geral do PS depois do dia 28 de setembro», acrescentou.
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