Sócrates: «Falsos moralistas criaram campanha de assassinato de carácter» - TVI

Sócrates: «Falsos moralistas criaram campanha de assassinato de carácter»

O líder do PS acusa o PSD e o Bloco de Esquerda de uma «santa aliança» para criar comissão de inquérito com um ataque pessoal como objectivo

José Sócrates disse, este sábado, que está a ser alvo de uma tentativa de assassinato de carácter e acusou o PSD e o Bloco de Esquerda de se unirem no que chama de «santa aliança» contra o Governo. Declarações proferidas, este sábado, durante o Fórum Novas Fronteiras, que decorre em Braga. Sócrates disse que a comissão de inquérito sobre o caso PT/TVI apenas serve para o atacar.



«Fracos, fracos sim, verdadeiramente fracos são aqueles que se juntam em alianças espúrias entre a direita e a esquerda mais radical com o único objectivo de atacar o PS», acusou. Diz o primeiro-ministro que «a verdade» é que a oposição «ainda não digeriu a ideia de que, por vontade do povo, foi o PS que ganhou as últimas eleições legislativas».

«Aliança contranatura»

«Quero dizer a essa aliança contranatura que me encontrarão pela frente e que encontrarão pela frente o PS e todos aqueles - e são felizmente muitos - que entendem que há um limite intransponível para o puro jogo partidário. E esse limite é o respeito pelos adversários e é o respeito pelas instituições», realçou Sócrates.

Para Sócrates «esta santa aliança contra o Governo ficará na história do oportunismo político». «Triste figura a desses auto-proclamados paladinos da verdadeira esquerda que na hora da verdade o que aceitam ser é uma muleta da direita nas suas campanhas contra o PS», considerou.

Sócrates disse ainda que PSD e Bloco só «não estão esclarecidos porque não lhes deu jeito dar ouvidos aos esclarecimentos que foram dados».

No PS «não há asfixia democrática»

O secretário-geral do PS afirmou também que no partido «não há asfixia democrática nem nenhuma lei da rolha», criticando o PSD, que considera ser «garantia da instabilidade permanente», quando teve «cinco líderes em cinco anos».

«Dá-me a impressão de que por estes dias vão escolher o quinto líder desde que eu cheguei a secretário-geral. Cinco líderes em cinco anos é obra e há até já quem diga que não vão ficar por aqui», ironizou.

«Há naturalmente, no partido socialista e no amplo movimento social que nos apoia, opiniões e sensibilidades diversas. Há como sempre houve. Sempre foi assim e é assim que queremos que continue a ser», disse Sócrates.

O secretário-geral do PS deixou um aviso aos «adversários», para que estes «se desiludam», porque o PS vai continuar a ser um partido «determinado mas coeso e forte para servir os portugueses e para servir Portugal».
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