Tratado Orçamental: Seguro deixa aviso a Passos - TVI

Tratado Orçamental: Seguro deixa aviso a Passos

António José Seguro

«Não me passa pela cabeça que o primeiro-ministro dê orientações aos deputados da maioria PSD/CDS para votarem contra a resolução proposta pelo PS»

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O secretário-geral socialista avisou hoje que o primeiro-ministro tem de ter em conta as posições do PS, considerando que será um «duro golpe no consenso europeu» um voto contra da maioria à proposta de «ato adicional» ao Tratado Orçamental.

«Não me passa pela cabeça que o primeiro-ministro dê orientações aos deputados da maioria PSD/CDS para votarem contra a resolução proposta pelo PS», referiu o secretário-geral socialista, António José Seguro, numa declaração escrita enviada à Lusa.

Contudo, acrescentou António José Seguro, se tal acontecer, Pedro Passos Coelho «deve assumir as responsabilidades de provocar um duro golpe no consenso europeu que tem vigorado em Portugal e que essa atitude teria consequências graves».

«O primeiro-ministro não pode impor os seus pontos de vista e deve ter em conta as posições do PS e de vários parceiros económicos e sociais», sublinhou o secretário-geral do PS, lembrando que o consenso europeu que existe em Portugal fez-se de «aproximações de posições».

Assim, continuou, se o chefe do executivo de maioria PSD/CDS-PP «se mantiver isolado e proceder em sentido contrário» irá fazê-lo «ao arrepio da história da nossa democracia e será responsável por uma forte rutura nesse mesmo consenso».

Relativamente à proposta de «protocolo adicional» ou «tratado complementar» que os socialistas irão apresentar no Parlamento, António José Seguro justifica a iniciativa alegando que o Tratado Orçamental da União Europeia que será discutido em plenário na quinta-feira é «necessário para a manutenção de Portugal na zona Euro», mas é um documento «desequilibrado e insuficiente para responder aos problemas das pessoas».

Por isso, «o PS propõe um ato adicional que o equilibre e o complemente com a dimensão social e económica», explicou António José Seguro.

O secretário-geral socialista enfatizou ainda o largo consenso que existe em Portugal, entre as forças económicas, sociais, empresariais e de trabalhadores, de que a Europa necessita de adotar medidas que promovam o crescimento económico e o emprego, lamentando que só o Governo mantenha «o seu isolamento, através de uma obstinação pela austeridade e pelo seguidismo à senhora Merkel».

«Infelizmente para os portugueses, os resultados estão à vista. Mais desemprego e queda da economia», sublinhou.
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