Cimeira/UE: PS quer mais investimento público - TVI

Cimeira/UE: PS quer mais investimento público

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Líder parlamentar dos socialistas defende que só assim se criam condições de emprego

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O PS defende a indução do investimento público por parte da União Europeia e uma maior regulação a nível do sistema financeiro como forma de fazer frente à crise. Alberto Martins, líder parlamentar do PS, citado pela Lusa, afirmou que «a resposta a esta crise passa por maior investimento público no sentido de criar condições de emprego, favorecer as empresas públicas e permitir o crescimento da economia».

A posição dos socialistas foi transmitida pelo líder parlamentar, Alberto Martins, após uma reunião com o primeiro-ministro, José Sócrates, em São Bento, sobre a próxima cimeira europeia de chefes de Estado e de Governo, quinta e sexta-feira.

Acompanhado pelos dirigentes socialistas Edite Estrela e Vitalino Canas, o presidente do Grupo Parlamentar do PS defendeu a necessidade de serem alteradas «as instituições europeias e mundial no sentido de um reforço da regulação e da supervisão».

De que precisa a UE?

Face à crise, a União Europeia precisa também de «reforçar-se ao nível da eficiência energética, aumentar a diversidade das fontes energéticas e assegurar os normais fluxos das energias, desde logo o gás», apontou, numa alusão às recentes crises entre a Rússia e Estados-membros europeus da Europa de Leste e Central.

Sobre o Tratado de Lisboa da União Europeia e em resposta a Mário Soares, que disse que o tratado estava desactualizado, Alberto Martins declara que «O Tratado de Lisboa da UE é um instrumento fundamental para a unificação da Europa e para a Europa ter capacidade política de resposta. Os tratados são sempre elementos vivos, que se vão actualizando com a sua prática. Como qualquer obra viva, também o Tratado de Lisboa, com a sua entrada em vigor, terá uma dimensão actualista».

Ferreira Leite critica Sócrates de novo

Manuela Ferreira Leite, manteve as criticas a José Sócrates sobre o facto de não ter comparecido na última cimeira europeia. No entanto, depois da reunião que teve com José Sócrates, uma fonte do executivo, revelou que a presidente do PSD não tocou neste tema durante a reunião. «Não sei se Portugal saiu prejudicado. Sei que de certeza não saiu beneficiado. A importância que deve ser dada a estas cimeiras, especialmente quando o país está numa situação de alguma forma individualizada - dada a situação de endividamento em que se encontra -, leva-me a manter essa posição», declarou.

A líder do PSD «gostaria que nesta cimeira ficasse bem patente a coordenação das políticas entre os países, para que não haja lugar a voluntarismos ou iniciativas individuais. Gostaria que não fôssemos uma voz silenciosa naquilo que se vai passar no Conselho Europeu». Para Manuela Ferreira Leite, «sendo Portugal um dos países com uma situação complexa na área do endividamento externo, será seguramente alvo de atenção por parte dos outros países, sobretudo os da zona euro».

Não é contra investimentos públicos

A líder do PSD fez questão de salientar que não é contra os investimentos públicos na sua globalidade. «Tenho estado contra algum investimento público. Defendo investimento público de proximidade, que não têm componentes importadas, que não têm encargos para orçamentos futuros, que utiliza mão-de-obra nacional e que tem efeitos imediatos no crescimento», afirmou. Segundo a social-democrata, os investimentos públicos «com grandes componentes de importação, com grandes encargos para o futuro e que não utilizam mão-de-obra nacional e não têm efeitos imediatos na economia são investimentos para o empobrecimento do país».

A eurodeputada comunista Ilda Figueiredo apelou ao primeiro-ministro para que coloque em cima da mesa, durante a cimeira europeia, a situação da multinacional Qimonda, alegando que a empresa precisa de uma solução já este mês.
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