Direita considera ter havido "bom senso" da Comissão Europeia - TVI

Direita considera ter havido "bom senso" da Comissão Europeia

PSD e CDS-PP consideram que a recomendação de uma sanção zero pela Comissão Europeia é correta e exigem que o governo não pise o risco do défice orçamental

Para o PSD, a não aplicação de multas a Portugal por parte de Bruxelas significa também o fim de um capítulo, em que o debate andou em torno da execução orçamental de 2015.

Hoje é um dia bom para Portugal na medida em que imperou o bom senso. É uma decisão sensata da Comissão Europeia depois de um processo em que as instituições europeias, também temos de o dizer, não foram exatamente marcadas pela razoabilidade e por esse bom senso que agora, finalmente, imperou", afirmou o deputado social-democrata, Miguel Morgado.

Falando aos jornalistas no parlamento, o deputado exigiu ainda que o governo saiba conduzir o país de forma a não voltar a ser alvo potencial de quaisquer sanções.

O ano de 2015 foi avaliado, os resultados foram avaliados, sabemos que o resultado dessa avaliação é sanções zero para Portugal. Agora, está do lado do Governo garantir que Portugal não será possivelmente sujeito a sanções no futuro", argumentou Miguel Morgado.

Portugal fora do "radar das sanções"

Para a vice-presidente do CDS-PP, Cecília Meireles, o cancelamento da multa a Portugal por défice excessivo é um sinal de que o país deve continuar a manter as suas contas controladas. 

Houve algum bom senso, alguma razoabilidade, no reconhecimento dos esforços que foram feitos por Portugal e pelos portugueses nesta decisão de não aplicação de qualquer multa efetiva. Agora vale a pena olhar para o futuro e perceber que é importante o Governo manter definitivamente Portugal fora deste radar das sanções", afirmou Cecília Meireles aos jornalistas, no parlamento.

A deputada referiu não esperar mais austeridade no futuro, mas ser fundamental que Portugal não pise o risco.

O que se espera é que o Governo mantenha Portugal fora deste radar das sanções, saiba sempre mostrar à Comissão Europeia e às instituições europeias a maneira como Portugal está a ser dirigido e que é um país credível", concluiu a deputada centrista.

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