E no Ribatejo, Rui Rio ceifou e dançou sem "falar de cor" - TVI

E no Ribatejo, Rui Rio ceifou e dançou sem "falar de cor"

Ao quinto dia de estrada, o líder social democrata teve uma manhã recheada de atividades: caminhou pelos campos de arroz, ceifou "o PS", dançou "pela primeira vez o cavalinho" e ainda teve tempo para umas declarações antes do almoço no Centro Educativo de Solidariedade Social do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária

É quase caso para perguntar: "o senhor ceifa ou dança?" que Rui Rio, depois da visita a Benavente, responderá: "Os dois". Ao quinto dia de estrada, a comitiva laranja chegou ao Ribatejo para ver o estado do arroz carolino - "o melhor do mundo", garantem os agricultores e deixar algumas farpas ao Governo.

“Viemos mostrar como se ceifa o PS já que nos andaram a dar palha estes quatro anos”, ouvia-se entre a comitiva laranja em Benavente, onde se encontrava Duarte Marques, terceiro na lista por Santarém.

E a prova de que estavam ali para isso mesmo, foi que Rui Rio subiu à ceifeira que andava no meio dos campos de arroz para se inteirar do funcionamento da maquinaria e ver os campos de arroz "lá do alto". 

Acompanhado por agricultores e membros da distrital, o líder do PSD percorreu vários metros ladeado ainda por três campinos a cavalo e manteve-se longe dos "amigos bravos" que pastavam numa das ganaderias próxima dos campos de arroz em Santo Estevão. 

E em terra de arroz, Rui Rio teve de provar uma das suas variedades - o arroz doce -, mas para ter direito ao doce, antes teve de dar um pezinho de dança.

“Venha dançar comigo: são duas para a frente, duas para trás e encaixa no sítio”, atirou a responsável pelo rancho da Associação recreativa do Porto Alto.

E Rui Rio foi e teve direito ao arroz doce.

"É obrigatório" discutir Tancos

Eira ceifada, baile encerrado, voltemos à política. Junto aos tanques - "isto antes é que era o Facebook, mas agora já ninguém os usa", ouvia-se entre os populares - Rui Rio falou finalmente aos jornalistas para dizer que, sobre Tancos, não iria "falar de cor" nem para o "soundbyte".

“O caso de Tancos é um caso que já todos percebemos que não é grave, é gravíssimo. Eu não tenho neste momento conhecimento exato da acusação, vou ver com mais atenção e mais logo falo sobre esse assunto. (...) Eu logo comento isso, não passa dia de hoje (…) Uma das críticas que me ouvem fazer de modo geral é as pessoas falarem por ‘soundbytes’ e sem conhecimento concreto”, prometeu, lembrando que "agora entramos numa fase diferente, não há segredo de justiça, agora há acusação em concreto. É um assunto de muito relevo político, é normal, até quase obrigatório que se discuta esta matéria”.

Outro dos assuntos obrigatórios na campanha social democrata tem sido António Costa e, esta quinta-feira, não foi exceção. Rui Rio acusou o rival de “tentar intimidar” os portugueses ao retomar o discurso do Diabo

“O que o líder do PS disse ontem num comício na sessão de campanha demonstra já – e não gosto de exagerar nas palavras – um certo desespero, quando ele vem dizer que se não votarem no PS vem aí o Diabo”, afirmou, dizendo que Costa quer fazer os portugueses acreditarem que, se o PSD voltar ao poder, vão ser cortados salários, reformas e passes sociais".

“O PSD naturalmente não vai cortar pensões de reforma nenhuma, não só isso, como está no nosso programa muito claramente que, no mínimo, manteremos o poder de compra das reformas, o que significa aumentá-las pelo menos ao nível da inflação, e o mesmo é válido para os salários da função pública”.

Para Rui Rio, estas afirmações não passam de "fantasmas" de Costa que "obviamente que sabe que não está a falar verdade" e que com toda esta "agitação", "significa que está a perder o pé em alguma coisa”

E lembrou ainda que o que causa medo às pessoas é que a "desgovernação completa" dos tempos de Sócrates se possa repetir, cenário que já colocou completamente de parte.

“Como não andamos a chamar a ‘troika’ dia sim dia não, é óbvio que nenhum governo vai agora baixar pensões, nem do PSD, nem do PS. Isto é um fantasma que não é correto agitar em campanha eleitoral, eu não estou a fazer isso com o PS porque sei que estaria a dizer uma mentira, mas estão a fazer com o PSD sabendo que estão a dizer uma mentira”, afirmou.

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