A presidente do PSD afirmou este sábado que o sentido da sua visita a Paris é estar junto dos emigrantes portugueses e defender que sejam considerados nas decisões porque ser português «não tem a ver com a residência», escreve a Lusa.
À chegada à capital francesa, onde ficará até domingo, Manuela Ferreira Leite quis deixar a mensagem «de que o português é um português, não tem a ver com a residência».
«Não é pelo facto de não viver em Portugal que ele deve ser esquecido ou menosprezado, não pensado e não considerado em todas as nossas decisões e todas as nossas opções», defendeu, em declarações aos jornalistas.
A presidente do PSD assinalou que em França reside «a maior comunidade portuguesa no estrangeiro» e considerou que por isso «é por aqui que deveria começar».
«Não venho propriamente angariar votos, mas venho com certeza para estar junto dos emigrantes e fazer-lhes lembrar ou não fazer pelo menos esquecer que o PSD sempre foi» desde a sua constituição, que faz parte da sua matriz ideológica a defesa dos emigrantes», disse ainda Manuela Ferreira Leite.
«Fomos nós que lutámos pelo voto dos emigrantes na eleição do Presidente da República, sempre defendemos a participação dos emigrantes na vida nacional. Não tenho dúvidas de que os emigrantes sabem e percebem que o PSD sempre teve muita atenção a estas pessoas que representam Portugal e trabalham fora do país», acrescentou.
A presidente do PSD aproveitou a ocasião para reiterar a oposição do seu partido à intenção do PS de impedir que os emigrantes possam votar por correspondência. O projecto do PS de alteração à lei eleitoral para a Assembleia da República foi vetado pelo Presidente da República, Cavaco Silva.
Manuela Ferreira Leite disse não ter informações sobre o que o PS pretende fazer na sequência do veto presidencial, mas avisou: «Se por qualquer motivo não considerarem o assunto encerrado eu direi que também não vou considerar encerrada a luta contra tal decisão».
Ferreira Leite em Paris «junto» de emigrantes
- Redação
- CLC
- 14 mar 2009, 20:39
Porque ser português «não tem a ver com a residência»
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