Madeira: partidos querem eleições a 29 de março - TVI

Madeira: partidos querem eleições a 29 de março

 (Reuters)

Apenas o PCP defende que a sua realização deveria ser numa data «mais próxima do 25 de Abril»

PTP, PAN e MTP indicaram, esta quinta-feira, a data de 29 de março para a realização das eleições antecipadas na Madeira, juntando-se ao PSD, CDS e PS que também defendem a realização do ato eleitoral rapidamente.

A posição dos partidos foi sendo transmitida ao longo do dia ao Presidente da República, que esteve desde manhã a receber no Palácio de Belém as forças políticas com assento na Assembleia Regional da Madeira.

A parte da tarde ficou reservada para as audições com os partidos com menor representação parlamentar, com o PCP a quebrar a unanimidade à volta de 29 de março para a realização das eleições antecipadas, sugerindo antes uma data próxima do 25 de Abril.

Pelo PTP, Amândio Madaleno adiantou que além da questão da data, no encontro com o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, foi também debatida a necessidade de fiscalizar os atos que serão praticados pelo Governo demissionário.

«É necessário fiscalizar estas situações, designadamente para se assegurar alguma igualdade de tratamento e para que não haja um aproveitamento nesta fase eleitoral», disse.

Rodrigo Henriques do PND foi mais vago, revelando apenas que o seu partido deixa ao critério do Presidente da República a questão da data.

«Ficará ao seu critério, dentro dos parâmetros legais, a questão da marcação ou não das eleições e da oportunidade da realização destas», referiu.

O coordenador da comissão política da Madeira do PAN, Fernando Rodrigues, reiterou a necessidade dos Governos serem legitimados pelo voto dos cidadãos, apontando o dia 29 de março como a data «mais adequada» para a realização das eleições regionais.

«A economia da Madeira vive muito da dinâmica do setor público e quanto mais tempo estivermos com um Governo de gestão isso tem consequências no dia a dia da região», sustentou.

Pelo MPT, Roberto Vieira também avançou com a data de 29 de março, sublinhando que o partido está preparado para ir a eleições e que tem como objetivo crescer, independentemente de concorrer ou não coligado com outras forças políticas.

Por sua vez, o secretário-geral do PCP defendeu a realização das eleições regionais antecipadas numa data «mais próxima do 25 de Abril», considerando que é necessário esclarecer e mobilizar os madeirenses.

«Da parte do PCP foi manifestada a inclinação para que as eleições se realizem mais próximas do 25 de Abril, isto tem a ver fundamentalmente com a necessidade de um esclarecimento, de um empenhamento e de uma mobilização mais esclarecida por parte da população madeirense em relação às eleições para a assembleia regional», afirmou o secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa, no final de uma audiência com o Presidente da República.

Jerónimo de Sousa adiantou ainda que o PCP manifestou ao chefe de Estado as suas preocupações sobre a necessidade da campanha eleitoral ser «construtiva» e de serem discutidos os problemas da Madeira e dos madeirenses.

Questionado sobre o prolongamento do prazo do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro da Madeira até ao final de 2015, Jerónimo de Sousa reiterou que o que se exige é que «o programa seja rejeitado e que seja feito um ponto final».

«Esse é que é o caminho, não o prolongamento deste sofrimento que tal programa comporta», sublinhou.

Já depois das audições, o Presidente da República convocou para segunda-feira o Conselho de Estado, onde será analisada a situação política criada pela demissão do Governo Regional da Madeira.

No âmbito do processo interno no PSD - eleições internas e aclamação do novo líder - o presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, apresentou no dia 12 de dezembro ao representante da República o pedido de exoneração do cargo que ocupava desde 18 de março de 1978.
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