Maioria chumba pedido do PCP para audições sobre Citius - TVI

Maioria chumba pedido do PCP para audições sobre Citius

Novo mapa judiciário fecha tribunais [Lusa]

PSD e CDS-PP consideraram audições «extemporâneas», mas prometeram viabilizar todas as iniciativas após o apuramento das responsabilidades dos problemas daquela plataforma informática

PSD e CDS-PP chumbaram esta quarta-feira o pedido do PCP para um conjunto de audições sobre o programa Citius por considerá-las «extemporâneas», mas prometeram viabilizar todas as iniciativas após o apuramento das responsabilidades dos problemas daquela plataforma informática.

«A ministra da Justiça já disse que se entrou numa fase de apuramento das responsabilidades e que daí retiraria todas as consequências», lembrou o deputado do PSD Hugo Velosa, durante a discussão do requerimento do PCP à comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, para a audição de um conjunto de de audições sobre o programa Citius.

Por isso, acrescentou, até à conclusão do processo de apuramento das responsabilidades é «extemporâneo» realizar qualquer audição.

«Viabilizaremos todas as iniciativas após o apuramento das responsabilidades», prometeu o deputado social-democrata.

Acompanhando os argumentos de Hugo Velosa, o deputado do CDS-PP Telmo Correia anunciou que o seu partido também iria votar contra o requerimento dos comunistas.

Ao lado do PCP votaram o BE e PS, com os socialistas a recordarem que já tinham anteriormente apresentado um requerimento - também chumbado pela maioria PSD/CDS-PP - para a criação de uma comissão de acompanhamento sobre o sistema informático Citius.

No requerimento chumbado esta manhã, os comunistas propunham a audição da Ordem dos Advogados, das associações sindicais dos órgãos judiciários e dos responsáveis do programa Citius, entre outros.

Na segunda-feira, a ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, disse que assim que tiver o relatório sobre os problemas da plataforma informática Citius será aberto um inquérito interno.

«É meu timbre apurar responsabilidades e é isso que vamos fazer e depois atuar em função desse mesmo apuramento», afirmou.

O bloqueio da plataforma informática Citius no arranque do novo mapa judiciário, a 1 de setembro, gerou críticas de magistrados, advogados e funcionários judiciais que alertaram para o «caos» gerado nos tribunais, tendo, no plano político, levado partidos da oposição a pedir a demissão da ministra da Justiça.
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