Marcelo, à TVI, comenta discursos e explica por que não avança - TVI

Marcelo, à TVI, comenta discursos e explica por que não avança

«Há qualquer coisa de errado para este partido estar fora do Poder há tanto tempo»

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Depois de finalmente decidir e aparecer no Congresso do PSD, Marcelo Rebelo de Sousa veio à TVI comentar o conclave social-democrata e explicar por que não avança para a liderança do partido, depois do seu discurso, durante a tarde, ter sido um dos mais aplaudidos. Na TVI o professor dá ainda a sua opinião sobre o discurso de cada candidato à liderança.

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Marcelo Rebelo de Sousa diz que não é candidato à liderança do PSD porque defende a «unidade» no partido. O social-democrata explica que existia o bom senso de unificação em torno de uma candidatura e que as restantes se retiravam. «Ao longo das três décadas havia esse bom senso. O congresso permitia o debate, como este tem permitido, e depois unificava-se o partido. Nos últimos 10 anos a moda foi outra», disse, defendendo que «isso tem sido mau para o partido».

Sobre o facto de ser a pessoa indicada por muitos para conseguir essa unidade, Marcelo diz que «não foi possível». «Eu fiz algum esforço, até inclusive para não liderar a unidade (...) mas era muito difícil», disse o social-democrata que considerou ainda ser fundamental «ultrapassar as feridas das divisões recentes» e que seria necessário «dar o jogo de novo».

Marcelo apela ainda que quem quer seja eleito «suscite por sua iniciativa, não sendo arrogante, um esforço de congregação de esforços» e que não seja só em relação aos candidatos, mas também em relação a ex-líderes. «O partido tem gente que tudo somado é muito melhor do que a que está no Partido Socialista. Há qualquer coisa de errado para este partido estar fora do Poder há tanto tempo», considerou.

O social-democrata e comentador político deixou ainda a sua opinião sobre o discurso de cada candidato à liderança.

Castanheira Barros: «É um candidato muito atípico, é um candidato de base (...) mas não conseguiu apresentar um projecto global para o partido e para o país».

Paulo Rangel: «Fez um discurso retoricamente muito bonito e com grande esforço (...) mas concentrou-se sobretudo no passado».

Aguiar-Branco: Um discurso sem o lado vibratório que tem o Paulo Rangel, mas com três ou quatro boas ideias que nem sempre a sala sobe acompanhar com atenção.

Passos Coelho: «Teve dois discursos. Uma primeira parte de testemunho pessoal (...) e depois perdeu-se por duas vezes por coisas estúpidas».
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