Marcelo: «Este Governo é sonso e enganador» - TVI

Marcelo: «Este Governo é sonso e enganador»

Marcelo Rebelo de Sousa com Ferreira Leite

Comentador faz análise aos novos ministros e comenta ainda decisão de Ferreira Leite

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Marcelo Rebelo de Sousa considera que o novo Governo é «sonso e enganador», porque «na parte em que inovou parece fraco, mas não é». Na RTP, o comentador falou sobre as escolhas de José Sócrates.

«Tínhamos uma Ana Jorge, agora temos oito ou nove Anas Jorges. Ou seja, Sócrates foi pegar em gente que não é claramente política, mas tem uma missão: o diálogo, dessensibilizar as questões polémicas, ultrapassar as questões polémicas para o Governo. Ana Jorge conseguiu isso. Por isso, este é um Governo de campanha eleitoral, preparado para eleições antecipadas se elas existirem, fazendo cessar ou diminuindo os focos de tensão», disse.

«Esperava-se uma redução no número de ministros, esperavam-se grandes mexidas, mas não houve», acrescentou, considerando que Vieira da Silva foi «uma boa escolha» para a pasta da Economia: «Já que não foi para um independente ou para outro qualquer que se abrisse ao centro e aos sectores empresariais...»

Considerando que José Sócrates «preferiu jogar com os incondicionais», Marcelo referiu que o «núcleo duro socrático» se manteve inalterado.

As maiores críticas vão para a escolha de Santos Silva para a Defesa. «Santos Silva partiradizou muito a sua intervenção como ministro. A menos que a ideia seja, como ele malhou muito em toda a gente, ter um lado bélico na Defesa», brincou.

Sobre a reunião do Conselho Nacional do PSD, que decorreu na última quinta-feira e onde Manuela Ferreira Leite anunciou que convocará eleições depois de aprovar o Orçamento de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa não esclareceu se vai candidatar-se.

«Eu fui claro: propus um esquema de raciocínio de unidade no partido. Não foi aceite. Rui Machete fez uma série de diligências e ficou patente que não houve acolhimento à ideia», afirmou, exemplificando com Barack Obama e Hillary Clinton para apontar que «não há reconstrução da unidade a seguir à liderança» no PSD.



« A estratégia de Manuela Ferreira Leite faz sentido. Até Pedro Passos Coelho concorda. O partido não pode estar a actuar no programa do Governo e depois no Orçamento de Estado e ao mesmo tempo uma haver guerra interna com posições dissonantes», concluiu.
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