«Quando é que o PS começa a dizer o que quer para o país?» - TVI

«Quando é que o PS começa a dizer o que quer para o país?»

Marco António Costa considera que líder do PS fez discurso de «desespero» nas Jornadas Parlamentares

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O porta-voz do PSD, Marco António Costa, considerou este domingo que o discurso do líder PS nas Jornadas Parlamentares, que encerraram sábado, no Porto, demonstra «desespero», porque «a atual liderança não consegue afirmar-se», assim como «não consegue apresentar uma proposta concreta».

«Repare, esta questão da nomeação do governador do Banco de Portugal é uma questão que não é prioritária para o país, os portugueses estão é preocupados com o emprego, com as questões de saúde e do desenvolvimento económico», disse Marco António, numa declaração aos jornalistas no final do programa de formação política da JSD «Formar +», que decorreu na Maia.

Para o porta-voz do PSD, as propostas apresentadas pelo secretário-geral do PS nas Jornadas Parlamentares surgem como «um fait-divers», ou seja, «como uma tentativa de desviar as atenções, porque o PS não tem propostas, não tem soluções, não consegue apresentar soluções sustentáveis».

«Já é a segunda vez que adia a data de apresentação de um suposto programa eleitoral, agora para 06 de junho. Aguardaremos serenamente que esse programa eleitoral possa aparecer porque estamos todos muito ansiosos para saber o que o PS pensa sobre o futuro do país», acrescentou.


Relativamente à proposta de nomeação do governador do Banco de Portugal pelo Presidente da República, Marco António considerou que «o que o PS está a propor é uma revisão constitucional, para poder incluir essa competência ao presidente da República».

«O PSD está disponível para estudar com o PS qualquer proposta de revisão constitucional, não nos parece, contudo, adequado iniciar esse processo a poucos meses das eleições», disse.


Nas Jornadas Parlamentares, o secretário-geral do PS defendeu também a necessidade de se proceder à fiscalização política do atual Governo e de se fazer um balanço sobre o trabalho da CRESAP (Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública). O PS vai exigir um balanço das nomeações até agora feitas para cargos de direção superior da administração pública, alegando que, apesar dos concursos, os nomeados são sempre do PSD ou CDS.

Sobre esta questão, Marco António considerou que «o que está em causa é que o PS gosta mais do sistema em que as pessoas são escolhidas dentro da sede do largo do Rato, em que não há três nomes, nem verificação de currículos, há só exclusivamente a escolha com critérios pessoais e partidários».

«É fundamental que se faça essa avaliação, mas o PS contínua em volta de lugares, é o lugar do governador do Banco de Portugal é o lugar da Administração Pública. Quando é que o PS começa a dizer aos portugueses o que quer para o país?», questionou.


O PS “vive obcecado com as nomeações e lugares, se um dia for governo terá a oportunidade de fazer aquilo que diz em baixa voz em todo o lado, que é repor o sistema da nomeação política e da confiança política e de nomeação partidárias. Mas até esse dia, que julgo ainda demorará alguns anos, o PS tem de apresentar propostas relativamente a situação económica e social do país e tem de deixar de andar obcecado com essas pequeninas coisas”.
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