Rio recusa que tenha falado sobre "componente judicial" de Tancos - TVI

Rio recusa que tenha falado sobre "componente judicial" de Tancos

Candidato do PSD diz que resposta de António Costa é "absurda" e revela que o partido vai pedir uma reunião da Comissão Permanente do Parlamento

"Um absurdo". Foi assim que Rui Rio classificou a resposta de António Costa às declarações de ontem do líder do PSD sobre a acusação de Tancos. Rui Rio voltou ao tema para sublinhar que provavelmente o candidato socialista não o ouviu e rejeitou em absoluto que tenha falado da questão judicial do caso. 

"Eu não fiz aqui declarações sobre a responsabilidade judicial ou criminal do professor Azeredo Lopes, não tenho que fazer, ele já nem ministro é, não é nada comigo. Agora, a avaliação política disto tudo não só deve ser feita, como eu como líder da oposição tenho a obrigação de o fazer", disse aos jornalistas. 

 O líder do PSD rejeitou ainda a acusação do líder PS, que alegou que Rio mudava de princípios em dois dias.

Se há característica minha é não só não ter mudado de princípios, como ser quase teimoso e ter uma fidelidade total aos meus princípios. É tão absurdo aquilo que o dr. António Costa diz relativamente ao que eu disse que eu acredito que não tenha ouvido e o seu 'staff' o tenha induzido e empurrado para um comentário que não existiu”, disse.

O líder do PSD revelou ainda que o partido vai pedir uma reunião da Comissão Permanente do Parlamento e atacou ainda os outros partidos da Geringonça, defendendo que Jerónimo de Sousa “não tem a consciência tranquila”.

“A posição do PS é obviamente incómoda, porque são os primeiros responsáveis, mas a posição do BE e do PCP não é nada cómoda porque aprovaram um relatório na comissão de inquérito que procura lavar mais branco toda esta situação”, afirmou.

E vais mais longe, dizendo mesmo que o que Costa gostaria era "que ninguém falasse sobre Tancos e isso passasse despercebido, mas isso é completamente impossível, porque é um caso gravíssimo” e insistiu que não "interferiu minimamente na questão judicial".

“Onde é que está aqui a componente judicial e a quebra de ética e de princípios. Não está em lado rigorosamente nenhum”, afirmou, considerando que Tancos “não é uma questão exterior à política”.

Já quando foi questionado se não está a ferir o princípio de presunção de inocência ao partir do princípio que Azeredo Lopes sabia do encobrimento, Rio foi peremptório e respondeu que "está num SMS no processo a dizer que sabia”.

O presidente do PSD prossegue o dia de campanha com um almoço na Universidade da Beira Interior, seguido de uma arruada e uma tertúlia na Guarda.

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