Saúde: PS acusa Governo de falta de transparência nas nomeações

O PS acusou, esta quinta-feira, o Governo PSD/CDS-PP de nomear diariamente dirigentes partidários para cargos na administração pública e exigiu «com caráter de urgência» um «sistema transparente que permita cumprir» o acordo firmado com a troika.

Num comunicado enviado à agência Lusa, assinado pelo deputado António Serrano, coordenador do PS para a Saúde, os socialistas afirmam que PSD e CDS seguem uma linha de «total falta de rigor e transparência em todo o processo de nomeações, dividindo os lugares numa acesa disputa partidária que só prejudica o interesse público e o bom funcionamento das instituições».

O socialista aponta as nomeações para o Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra, para a Unidade Local de Saúde da Guarda, o Instituto de Oncologia do Porto, o Centro Hospitalar do Alto Ave, o Hospital Infante D. Pedro em Aveiro e o Centro Hospitalar do Médio Tejo como não cumprindo «os critérios de transparência inscritos» no acordo com a troika.

«Recorde-se que o anterior Governo aprovou um decreto-lei que impôs a redução de elementos dos Conselhos de Administração Hospitais Entidades Públicas Empresariais de até um máximo de cinco pessoas para os novos mandatos e que o PSD na oposição, através do deputado Adão Silva, defendia que ainda eram demasiados, tendo solicitado uma apreciação parlamentar e solicitando a redução imediata antes da cessão dos mandatos», refere.

De acordo com António Serrano, também ex-ministro da Agricultura, o que agora se verifica «é o contrário» do que afirmou o PSD.