O PSD vai esta sexta-feira a votos para eleger o novo presidente do partido. Paulo Rangel e Passos Coelho já votaram, prometendo unidade no partido e lançando ataques a José Sócrates.
Em reacção à declaração do primeiro-ministro, dizendo que «o novo líder do PSD está vinculado ao PEC», Paulo Rangel foi muito duro:
«Responsabilidade era pedir ao senhor primeiro-ministro para não nos ter posto nesta situação. Ele foi responsável ao longo destes cinco anos e deixou o país na situação em que está. Não tem legitimidade para pedir responsabilidade a ninguém». (VÍDEO)
Para além disso, Rangel também responde ao ministro Teixeira dos Santos, voltando a referir que «a abstenção do PSD não é um voto a favor», pelo que «não compromete com o PEC, mas com a estratégia de consolidação orçamental».
Passos Coelho alinha pelo mesmo diapasão: «O que quer que o PS tiver de levar ao Parlamento em apoio da consolidação orçamental vai ter de negociar com o PSD, e vai ter de negociar mesmo. Não vai ter apenas de dizer que nós, em nome do sentido de responsabilidade, temos de votar, ou deixar passar as decisões que o Governo toma. Se o Governo quer o nosso apoio vai ter mesmo de negociar connosco e aceitar uma parte das nossas ideias». (VÍDEO)
O candidato à liderança do PSD afirma que, caso seja eleito, o seu partido será «mais coeso e esclarecido», «não defraudando o país».
Aguiar-Branco mantém o tom e afirma que «o PSD não recebe lições de moral do PS, antes pelo contrário. O PSD tem demonstrado grande sentido de responsabilidade e sentido de Estado e tenho a certeza que qualquer que seja o próximo líder do PSD, esse sentido de Estado e de responsabilidade estão assegurados».
«O PS que se cuide, o engenheiro Sócrates que se cuide porque a partir de amanhã vai encontrar um PSD coeso, unido, com força, para poder mostrar que as suas propostas são vencedoras. O próximo Governo será do PSD, tenho a certeza absoluta».
Respeito pela decisão
Para Miguel Beleza, economista e ex-governador do Banco de Portugal, o futuro líder do PSD deve respeitar a posição que o partido tomou na votação sobre o PEC, segundo referiu no programa «Discurso Directo» do TVI24:
«Um partido honesto toma uma posição legítima que tem de ser respeitada no futuro. Não quer dizer que não possa mudar como é evidente. Estou em completo desacordo com os candidatos, porque há um compromisso e o partido não morreu, nem ressuscita como o novo líder. Tem uma história e um conjunto de compromissos».
«Sócrates não tem legitimidade para pedir responsabilidade»
- Redação
- FC
- 26 mar 2010, 18:24
Paulo Rangel reage a declarações do primeiro-ministro sobre o PEC. Passos Coelho não fica atrás
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