Negócio TVI: Sócrates cita Granadeiro para justificar - TVI

Negócio TVI: Sócrates cita Granadeiro para justificar

Primeiro-ministro assegura que Governo não foi informado formalmente

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José Sócrates mantém a sua versão de que nunca foi informado do negócio da PT para a compra da MediaCapital e assegura que o presidente da PT só o informou depois de terem avançado as negociações.

Após a discussão do Orçamento de Estado no Parlamento, o primeiro-ministro falou aos jornalistas para vincar a sua posição. Usou um telex da Lusa, de dia 25 de Junho de 2009, em que são citadas declarações do presidente do Conselho de Administração da Portugal Telecom, Henrique Granadeiro.

Sócrates assegura que nunca deu orientação à PT sobre TVI

«Eu, presidente do conselho de administração da PT, não propus, não informei, não dei conhecimento a nenhum membro do Governo, nem pessoalmente, nem por escrito, nem por telefone de qualquer iniciativa da PT em direcção à Mediacapital», lê Sócrates, que acrescenta:

«A memória que tenho disso, e tenho a memória perfeita, é de que eu estive com o presidente da PT na noite de quinta-feira, num jantar, e foi a primeira vez que me falou nisso. Para além dessa declaração, disse hoje que nunca recebeu orientações de negócio nenhum».

Quando lhe perguntado se mantém que desconhecia a tentativa de negócio, responde taxativamente: «Mantenho o que disse aqui no Parlamento no dia 24 [de Junho]. Do ponto de vista formal, o Governo nunca foi informado, nem nunca deu nenhuma orientação».

PT nega ingerência

Estas declarações do primeiro-ministro surgem no dia em que Henrique Granadeira explica ao «Diário de Notícias» o que se passou no negócio: «Não tenho de confirmar as declarações do primeiro-ministro, não sou notário do primeiro-ministro, nem da democracia. Reitero apenas que não recebi nenhuma indicação, quer directa, quer indirecta, do primeiro-ministro ou do ministro das Obras Públicas».

«A decisão que nós tomámos, e que foi comunicada ao mercado, foi tomada única e exclusivamente por motivos de oportunidade de negócio. Quando a possibilidade se desfez, porque não chegámos a acordo, comunicámos ao mercado através da CMVM." Antes disso a informação já tinha sido dada a José Sócrates «e ao ministro das Obras Públicas porque seria descortesia saberem pelo site da CMVM», explica Granadeiro, acrescentando:

«A iniciativa foi minha, a decisão de equacionar o negócio e depois de não o concretizar foi tomada por mim e pelo CEO da PT [Zeinal Bava]».
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