«Demissão de gestores da PT dava um sinal de credibilidade» - TVI

«Demissão de gestores da PT dava um sinal de credibilidade»

Paulo Rangel

Paulo Rangel diz que acha que antes de se falar em demissões no Governo, deve haver explicações

Relacionados
Paulo Rangel, candidato à liderança do PSD, defende que antes de se falar em demissões no Governo, deve haver explicações. «O Governo tem de fazer um esclarecimento sobre esta matéria e depois logo veremos se é preciso assumir responsabilidades e quem é que precisa de assumir. Mas primeiro tem de haver um esclarecimento», afirmou o eurodeputado em entrevista ao «Correio da Manhã».

«O PSD está a trabalhar para o apuramento da verdade, mas acho estranho como é que o Governo, no uso da sua golden-share, ainda não chamou os administradores que estão na sua dependência e não lhes pediu uma suspensão ou até uma demissão e resignação para esclarecimento da verdade», disse ainda. «Acho que esta solução dava um grande sinal de credibilidade e confiança às pessoas, especialmente depois do presidente da PT ter vindo dizer que não exclui a hipótese de ter havido um esquema preparado à sua revelia».

Paulo Rangel considera que «o Governo ao pecar por omissão nesta matéria está, mesmo que não tivesse nenhum envolvimento neste alegado plano de controlo, de alguma maneira a ser conivente com esta situação porque não está a chamar à responsabilidade aquelas pessoas sobre as quais recaem fortes suspeitas».

O social-democrata defende ainda que «devemos caminhar para o fim das golden-share». «Temos de perceber como é que nós podemos ter algum controlo do interesse público nos sectores estratégicos, julgo que isso será possível através das entidades reguladoras. Até agora tem sido as golden-share, mas durante o período do Governo do engenheiro Sócrates não contribuíram nada para descolonizar o Estado, isto é para acabar com a promiscuidade entre o público e o privado, há aqui uma teia de interesses... portanto estou muito aberto a acabar com as golden-share».

Não querendo «muito comentar a actuação dos magistrados» no processo Face Oculta, Paulo Rangel considera que «a entrevista do senhor presidente do Supremo Tribunal de Justiça foi positiva», e que «esse tipo de esclarecimento ajuda as pessoas a terem mais confiança na justiça». «O que eu acho é que essa clareza não tem existido por parte da Procuradoria-Geral da República», afirmou.
Continue a ler esta notícia

Relacionados

EM DESTAQUE