Ex-candidato ao PSD ofusca «fuga» de Vital - TVI

Ex-candidato ao PSD ofusca «fuga» de Vital

Presença de Passos Coelho fez reduzir intensidade da polémica em torno da recusa do candidato do PS em participar num frente-a-frente

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A «fuga» de Vital Moreira a um frente-a-frente com o candidato do PSD, na RTP, poderia ter marcado o dia de campanha.

Mas esta segunda-feira, o pódio terá de ser repartido com Passos Coelho, que surgiu em acções em Vila Real, onde é presidente da assembleia municipal.

Primeiro na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, depois no liceu Camilo Castelo Branco, o ex-opositor de Manuela Ferreira Leite deixou um conselho a Paulo Rangel, porque o «objectivo é ganhar as eleições».

«Vamos ver se, pelo menos, conseguimos fazer um apelo forte a mobilização eleitoral. Isso é essencial para ganhar as eleições: é preciso levar as pessoas a votar». Ao lado de Rangel, o vice-presidente social-democrata Aguiar Branco acrescentou: «Já agora no PSD».

Passos Coelho ignorou o «à parte» e frisou que as pessoas «têm de acreditar que o PSD pode, nesta primeira volta, ganhar as eleições e, a seguir, mudar o país».

Na resposta, o candidato do PSD foi lesto: «Com ajudas como as do dr. Passos Coelho vamos conseguir».

«No que depender de mim, sim», replica o antigo candidato à liderança. [Com a ajuda] «de todos, de todos», frisa Aguiar Branco, em mais um comentário de rodapé.

Bragança e Mirandela marcaram o ponto alto do 8.º dia de campanha para as eleições europeias. Depois de se ter transformado em Robin dos Bosques, para combater o Xerife de Nottingham, e proteger os agricultores de um Governo que lhes «anda a extorquir dinheiro», Rangel revelou, em primeira mão, que Vital Moreira «fugiu» a um frente-a-frente, a convite da RTP.

«Eu percebo que ele não queira este debate - viu-se bem como lhe correram os outros. Mas o cabeça-de-lista do PS está a pensar nos seus interesses e não nos interesses dos portugueses».

Com a chegada de Passos Coelho, Rangel repartiu as atenções, e foi notório o tratamento institucional entre os dois elementos sociais-democratas. Sobretudo depois de, esta manhã, à «Rádio Renascença», Passos Coelho ter dito que o PSD tem de ganhar as eleições senão parte diminuído para as legislativas».

Esta tarde, à comunicação social, o antigo opositor de Ferreira Leite foi mais contido, garantindo que as suas palavras não são uma pressão sobre o candidato, mas «um incentivo».

«Estas eleições são uma espécie de primeira volta das legislativas. Acho que o PSD tem vindo a aderir a esta campanha e espero que tal se transforme em votos no dia das eleições. De Junho até às legislativas [Setembro ou Outubro] poderemos contagiar o país e explicar que não ganhamos as eleições mais fáceis, mas também ganhar as mais difíceis».

Questionado sobre um cenário de derrota, à tvi24.pt, Passos Coelho disse apenas que, se tal acontecer, «a seu tempo, é preciso pensar no que não correu bem».
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