Menezes admite que Ferreira Leite escolheu bem

Luís Filipe Menezes admitiu esta terça-feira que Paulo Rangel tem sido uma «lufada de ar fresco». Foi nestes termos que o antigo líder do PSD elogiou o cabeça-de-lista às eleições europeias, escolhido por Manuela Ferreira Leite, e na altura contestado pelo autarca de Gaia, que propunha outro perfil.

«O facto de não ter sido escolhido por mim, não me retira a lucidez de considerar que as coisas estão a correr bem», disse esta terça-feira de manhã, na casa da Presidência de Vila Nova de Gaia.

Afinal, para Menezes, Rangel tem feito uma «excelente campanha» e tem sido uma «lufada de ar fresco na vida política portuguesa», marcando a «diferença» em relação ao PS, que, por seu turno, «está a alienar» os portugueses com o seu discurso.

Menezes não se cansou de elogiar o candidato do PSD: «Manifesto o meu apreço pelo serviço que está a fazer à democracia», convencido de um «excelente resultado».

Mas resultados à parte, e ao contrário dos alertas de Pedro Passos Coelho, lançados ontem em Vila Real, Menezes avisa que «ninguém vai cobrar a Paulo Rangel um resultado, porque o que ele tem feito é suficientemente interessante».

E, no caso de derrota, será Ferreira Leite a culpada? Também aqui o antigo líder prefere o discurso apaziguador e considera que «ninguém vai julgar ninguém em função deste resultado».

Mas o autarca reconhece que «o sucesso desta eleição é muito importante para o sucesso nas legislativas e nas autárquicas».

Questionado pelos jornalistas se tem apreciado a ajuda das estruturas locais na mobilização para esta campanha, Menezes considera que os «dirigentes nacionais e locais têm estado empenhados».

«Sabem bem a importância desta eleição no contexto de três processos eleitorais sucessivos. Seria uma atitude uma atitude irresponsável, masoquista e leviana, haver dirigentes que não se empenhassem na campanha».

A reunião com o autarca era «ponto de honra» na agenda do candidato, natural de Vila Nova de Gaia, até porque já votou «três vezes neste presidente da câmara e em Outubro» votará de novo, garantiu, retribuíndo elogios. «Vi esta cidade à beira do abismo e ela agora está transformada numa das referências nacionais».

Da visita, Paulo Rangel seguiu agora para um almoço, também em Gaia, não sem antes levar consigo um desafio lançado pela autarquia, que abraçou sem hesitar. Saiba mais aqui: Gaia ameaça processar Estado