"Portugal está aberto a receber mais gente", diz Marcelo Rebelo de Sousa - TVI

"Portugal está aberto a receber mais gente", diz Marcelo Rebelo de Sousa

Esta disponibilidade será manifestada por António Costa na sua visita à Grécia, prevista para a próxima semana

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou, esta quarta-feira, que o primeiro-ministro, António Costa, vai manifestar na sua visita à Grécia abertura por parte de Portugal para receber mais refugiados.

Marcelo Rebelo de Sousa fez este anúncio na Escola Secundária Eça de Queirós, em Lisboa, onde esteve acompanhado pelo ministro da Educação, a participar na campanha "E se fosse eu? Fazer a mochila e partir", que levou alunos de todo o país a mostrar o que levariam consigo se tivessem de fugir da guerra.

O senhor primeiro-ministro vai segunda-feira à Grécia precisamente para dizer que Portugal está aberto a receber mais gente. Como sabem, há imensos refugiados que estão na Grécia em campos terríveis, há meses e meses e meses à espera de entrarem noutros países europeus", declarou o Presidente, dirigindo-se para os estudantes que enchiam o auditório da escola.

Antes, o chefe de Estado considerou que Portugal tem sabido receber bem os refugiados, como há 40 anos recebeu os chamados retornados de África, e mais recentemente emigrantes da Europa de Leste e do Brasil: "Fomos recebendo, nos últimos 40 anos, muita gente de muitos sítios. E recebemos bem, ou não recebemos? Recebemos bem".

Se compararmos o número de refugiados que estamos a receber com a população portuguesa, nós somos, talvez, o primeiro país da Europa a receber refugiados. Se não é o primeiro é o segundo - se compararmos a população. E se pensarmos só no número de refugiados que recebemos, somos dos cinco primeiros, talvez o terceiro ou o quarto a receber", prosseguiu.

O Presidente da República referiu que "há outros países mais ricos que recebem menos" do que Portugal. "E não recebemos mais não é por falta de vontade. É porque há dificuldades complicadas para eles virem dos sítios onde estão, que nós chamamos burocracias, quer dizer, complicações, que dificultam", acrescentou.

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