PS repete que resultados eleitorais não afetam negociação à esquerda - TVI

PS repete que resultados eleitorais não afetam negociação à esquerda

  • VC
  • 2 out 2017, 19:16

António Costa, primeiro, Ana Catarina Mendes depois e, agora, Carlos César tentam que a chamada 'geringonça' não saia abalada pelos resultados eleitorais, sobretudo em altura de Orçamento do Estado. PCP perdeu uma dezena de câmaras para o PS e o BE não teve o "salto" que queria nas autárquicas

O PS está a fazer tudo para que a negociação da proposta de Orçamento do Estado com os parceiros à esquerda não saia beliscada dos resultados eleitorais nas autárquicasAntónio Costa já tinha ontem poupado a esquerda, no seu discurso, sobretudo o PCP, que perdeu uma dezena de câmaras para os socialistas. Hoje, foi a vez de Ana Catarina Mendes, secretária-geral adjunta do PS e, pouco depois, do presidente e líder parlamentar do PS, Carlos César.

Ambos repetem a mesma mensagem: a maioria parlamentar de esquerda não sai afetada. Os resultados até reforçam, na ótica do PS, a atual solução governativa em que BE, PCP e PEV apoiam o Governo do PS, e não afetam a negociação em curso para o Orçamento do Estado de 2018, que será apresentado ainda nesta quinzena.

"Houve um reforço da componente política que está associada à atual solução governativa e, neste sentido, se as eleições autárquicas têm algum feito sobre a situação política nacional, outro efeito não têm do que a consolidação da solução política que está em vigor, ou seja: fortalecimento do Governo da República liderado pelo PS", disse aos jornalistas Carlos César, que falava na Sala das Bicas do Palácio de Belém, após uma reunião com o Presidente da República, na qual também participaram Ana Catarina Mendes e o líder da Juventude Socialista (JS), Ivan Gonçalves.

Não creio que haja consequência destes resultados no plano da negociação relativa à proposta de lei orçamental. Aquilo que tendencialmente é possível observar é que houve um reforço da votação nos partidos que estão associados à maioria parlamentar que apoia o Governo e houve uma diminuição na área da direita, evidentemente, cada partido com a sua intensidade".

 

Em todo o caso, o que interessa dizer nesta ocasião é que estes resultados não só não têm a ver com o processo negocial que está em curso para a aprovação da lei do Orçamento do Estado para 2018, como não afetam o bom relacionamento entre os partidos que apoiam o Governo".

Sobre os resultados da coligação entre PCP e PEV, Carlos César argumentou que "a CDU continua a ser um grande partido da Administração Local, tem hoje mais e 160 presidências de órgãos autárquicos, entre os quais 24 câmaras municipais".

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