«A coligação Mudança [PS/PTP/MPT/PAN] falhou os objetivos propostos» e o PAN acabou por perder o deputado que tinha na Assembleia Legislativa da Madeira, lê-se num comunicado divulgado esta segunda-feira, um dia depois do escrutínio.
A comissão política do PAN vai reunir-se na primeira quinzena de abril «com vista a delinear o futuro do partido na região tal como, especificamente, preparar regionalmente as eleições legislativas» nacionais, cita a Lusa.
«A coligação Mudança foi uma soma de vontades para a qual a população madeirense não mostrou a sua recetividade»
É o que afirma Fernando Rodrigues, coordenador regional do PAN-Madeira, comendanto ainda que, com a vitória do PSD/M, «os madeirenses e porto-santenses ficarão a perder».
«Esta democracia sem um compromisso entre o partido ganhador e os cidadãos e cidadãs da Madeira e do Porto Santo, através de um programa de governo previamente apresentado, pode augurar uma manutenção ou reforço do paradigma social e económico vigente, como é visível pelo atual panorama social, ético e económico»
Fernando Rodrigues aponta ainda que «ao nível da atividade geral do partido, é possível apresentar trabalho relevante», indicando que «é essa postura ativa que o PAN vai continuar a ter na Madeira ao longo dos próximos anos».
Recorde-se que, nas eleições legislativas regionais de 2011, o PAN tinha conseguido eleger um deputado, graças aos 3.143 votos que obteve. Agora, mesmo coligado, nem isso.
A coligação Mudança, que foi considerada a grande derrotada das regionais de 2015, obteve 11,41 por cento dos votos, o que permitiu eleger apenas seis deputados, o mesmo número de eleitos conseguido pelo PS sozinho em 2011 (11,50%), que continua a terceira força política na região.
O coordenador do PAN era o número oito da lista de candidatos da Mudança, pelo que esta força política não conseguiu assegurar a sua representação no parlamento insular.