Com a demissão de António José Seguro do cargo de secretário-geral do PS, abre-se agora um vazio, pelo menos oficialmente, no partido. A presidente do PS, Maria de Belém, já veio dizer que tudo será feito para acelerar o calendário para a transição de poder, mas não se compromete com datas.
«Cumpriremos rigorosamente os estatutos e tentaremos fazer com que o calendário seja cumprido no mais curto espaço possível, porque é bom para o PS e para o país. Ainda é cedo para dizer o que vai ser feito, mas na segunda-feira haverá alguma informação sobre isso», assegurou aos jornalistas.
Maria de Belém elogiou ainda «a competência» da comissão eleitoral das primárias, liderada pelo ex-ministro socialista Jorge Coelho.
«Terminado este processo, o que verdadeiramente importa é o superior valor da unidade e da coesão, para que, em conjunto - e no respeito pela riqueza da diversidade -, o PS possa apresentar aos portugueses um projeto político respeitador dos princípios do partido - um projeto exequível, com visão prospetiva, competente e sensível, capaz de promover a vitória do PS e sobretudo a vitória do país em relação a tudo aquilo que o debilita», acrescentou.
Já o dirigente socialista Álvaro Beleza, membro do Secretariado Nacional do PS, defendeu que o próximo congresso nacional do PS será um momento de construção da unidade no partido, salientando ter «a certeza» que essa é a vontade dos militantes.
«Queremos que a escolha e eleição do próximo secretário-geral decorra de forma digna, respeitadora e construtiva. Será um momento na construção da unidade do partido e tenho a certeza de que a vontade da maioria dos socialistas é essa», declarou o membro da direção do PS, que apoiou a candidatura de António José Seguro.