Paulo Portas "não pode virar costas e ir-se embora" - TVI

Paulo Portas "não pode virar costas e ir-se embora"

Ribeiro e Castro (LUSA)

Ex-presidente do CDS-PP Ribeiro e Castro diz que ex-vice-primeiro-ministro tem de permanecer na direção do partido depois de ter adiado o congresso

O ex-presidente do CSD-PP Ribeiro e Castro disse, nesta segunda-feira, que Paulo Portas tem a “responsabilidade” e “obrigação” de conduzir o partido no ciclo político que já se iniciou e que “não pode virar costas e ir-se embora”.

O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, comunicou hoje à Comissão Política Nacional centrista que não se recandidatará à liderança do partido, disseram à Lusa fontes centristas.

“Considero mal, não apoio a forma como o partido está a ser conduzido, mas creio que o presidente do partido tem a responsabilidade, a obrigação de conduzir o partido no ciclo político que já se iniciou, não pode virar costas e ir-se embora”, afirmou José Ribeiro e Castro, em declarações à agência Lusa.

Segundo o antigo deputado, o congresso devia ter sido realizado no primeiro trimestre de 2015, a “tempo de se refletir e tomar decisões que se projetariam no ciclo político” que está agora a ter início.

“Não faz sentido nenhum, que o presidente do partido que forçou o adiamento do congresso para depois de se iniciar o ciclo político, o qual já está em velocidade de cruzeiro, vá-se embora”, salientou.

José Ribeiro e Castro disse respeitar a decisão de Paulo Portas de sair da liderança, mas considerou que o deveria fazer em outra altura.

“Há aliás uma pergunta que importa fazer e cabe ser respondida: se Paulo Portas também abandonaria a liderança do partido caso se tivesse formado e tivesse passado no parlamento o Governo minoritário da coligação PSD/CSD?”, questionou Ribeiro e Castro.

Paulo Portas é o líder partidário há mais tempo em funções. A liderança de Paulo Portas no CDS-PP começou em 1998 no Congresso de Braga. Desde então, só esteve dois anos fora da direção centrista, o período entre 2005 e 2007, na presidência de José Ribeiro e Castro.
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