Caso Selminho: "Portuenses têm de perceber que o projeto político de Moreira pode acabar dois meses depois" - TVI

Caso Selminho: "Portuenses têm de perceber que o projeto político de Moreira pode acabar dois meses depois"

  • Henrique Magalhães Claudino
  • 4 set 2021, 23:21

Em entrevista à TVI24, Vladimiro Feliz revelou as armas que tem preparadas para fragilizar a recandidatura de Rui Moreira à Câmara do Porto

O candidato do PSD à Câmara Municipal do Porto colocou em causa o futuro de Rui Moreira à frente da autarquia, ainda que uma vitória provável esteja no horizonte, de acordo com as últimas sondagens. 

Tudo porque o Caso Selminho - em que Moreira é arguido e cujo julgamento arranca no dia 16 de novembro - pode ditar o fim de um comando que já dura desde 2013.

Naquilo que define como “uma ferida na alma dos portuenses”, Vladimiro Feliz reitera que, nas condições em que Moreira se encontra, uma recandidatura seria impensável e é mais acertivo. “A 16 de novembro, se for condenado, os eleitores terão de eleger o número dois da câmara”.

O movimento de Moreira é uma sociedade unipessoal e cujo titular é Rui Moreira, os portuenses têm de perceber que pode acabar dois meses depois e que o projeto político do Doutor Rui Moreira pode acabar dois meses depois de ser eleito. Além de ser uma candidatura que representa o passado pode trazer esse constrangimento à cidade do Porto".

Num momento em que as sondagens colocam Rui Moreira como o candidato mais favorável a liderar a Câmara Municipal do Porto por mais quatro anos, Vladimiro Feliz, candidato do PSD nas próximas autárquicas, disse à TVI24 quais são as armas principais para tentar enfraquecer Moreira.

Feliz sublinha que quer devolver os impostos às pessoas. “O Porto aplica a taxa máxima de IRS. Muitos portuenses não sabem que as câmaras podem reduzir em 5% a nossa taxa de IRS e eu comprometo-me a devolver metade dessa componente durante o meu mandato”.

Outro dos alicerces, define, é a aquisição de habitações e o seu arrendamento a custos controlados, sendo que a ideia é que funcionem “em bolha”. 

Isto é, que não possam depois entrar no mercado normal de transação imobiliária para que não possam entrar nesse movimento especulativo”, explica, sublinhando que quer construir uma cidade “pensada a partir das pessoas e para as pessoas”.

O candidato, que tem um passado de oito anos ao serviço da autarquia do Porto, promete ainda “uma nova cresce em cada freguesia”. O objetivo, afirma, é o de dar condições às famílias para habitar na cidade do Porto, olhando também para um reforço na rede de cuidados sociais dirigidos a idosos e a cidadão com necessidades especiais.

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