Covid-19: PSD quer lay-off até final do ano e Estado menos "dorminhoco" - TVI

Covid-19: PSD quer lay-off até final do ano e Estado menos "dorminhoco"

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  • 28 mai 2020, 13:17
Rui Rio

Rui Rio anunciou 26 "ideias e sugestões" na área social, que o Governo "pode ou não aproveitar"

O PSD apresentou esta quinta-feira um conjunto de 26 "ideias e sugestões" na área social, incluindo o prolongamento do 'lay-off' simplificado até ao final do ano, a reafetação de recursos na administração pública e um Estado menos "dorminhoco".

Em conferência de imprensa na sede nacional do PSD, em Lisboa - a primeira presencial desde a pandemia de covid-19 -, o presidente do PSD, Rui Rio, anunciou que estes são 26 contributos do partido, que o Governo "pode ou não aproveitar", para o Programa de Estabilização Económica e Social que está a preparar.

Não estamos a dizer ao Governo que entendemos que devia ser tudo feito, isto são ideias para, no quadro do que for a resposta que o entender adequada na vertente social, aproveitar o que for mais ou menos acomodável", disse, explicando que, por essa razão, o partido não fez uma avaliação de custos deste ?pacote' de medidas, até porque muitas delas "não custam nada".

Por exemplo, uma das propostas do PSD é que o Governo seja mais célere a pagar os subsídios sociais e a reembolsar o IRS, que "não custa nada", segundo Rui Rio.

Muitas vezes temos a sensação que o Estado é um pouco dorminhoco, não é célere. Achamos que não há tempo para um Estado dorminhoco", defendeu o vice-presidente da bancada Adão Silva, numa conferência de imprensa onde também esteve presente a deputada Clara Marques Mendes.

Prolongar o "lay-off' simplificado até ao final do ano - sobretudo nos setores ainda fechados por determinação do Estado -, reafetar recursos da administração pública para setores onde são mais necessários, como a saúde e a segurança social, ou garantir o pagamento das dívidas do Estado ao setor social são outras das propostas do PSD, elaboradas pelo grupo parlamentar, com apoio do Conselho Estratégico Nacional.

Os sociais-democratas defendem ainda uma "atualização extraordinária" da comparticipação financeira da Segurança Social para o setor solidário e social, lembrando que com o aumento do salário mínimo dos seus funcionários ?sobrou' menos dinheiro para a atuação no terreno.

Reduzir os prazos para aceder aos subsídios de desemprego e de cessação de atividade e criar um subsídio "excecional e transitório" de resposta a necessidades das famílias criadas com a atual crise (para pagamento de rendas ou aquisição de computadores para fins educativo, por exemplo) são outras das propostas do PSD, que pede ainda uma atitude de "prevenção" em relação às pessoas sem-abrigo.

Eleições para a direção da bancada do PSD serão remarcadas em breve

O presidente e líder parlamentar do PSD, Rui Rio, disse hoje que as eleições para a direção da bancada, adiadas devido à pandemia de covid-19, serão remarcadas em breve, "mais semana, menos semana, mais dia, menos dia".

"A partir de segunda-feira, o país não abre completamente, mas abre muito e a Assembleia da República ainda abre mais. Assim sendo, já não vejo razão para que não se possam fazer eleições em urna, em que as pessoas vão entrando e saindo da sala onde estiver essa urna", afirmou Rio, questionado à margem de uma conferência de imprensa destinada a apresentada as medidas que o PSD propõe na área social de resposta às consequências da pandemia.

O líder do PSD salientou que a direção já pediu às estruturas do partido "que acelerem as eleições que já deviam ter tido lugar".

Rio considera positiva revisão do plano de voos na TAP, mas avisa que ainda não é passo atrás

O presidente do PSD, Rui Rio, considerou hoje "positivo" o anúncio do Conselho de Administração da TAP de que vai ajustar o plano de retoma de voos, mas advertiu que não se trata ainda de "passo atrás".

À margem de uma conferência de imprensa na sede nacional do PSD, em Lisboa, sobre medidas na área social, Rui Rio foi questionado sobre a decisão do Conselho de Administração da TAP de "ajustar" o plano de retoma de rotas anunciado, que tinha sido criticado por vários responsáveis políticos, entre eles o líder do PSD.

Não classificava ainda de passo atrás porque não é claro que vá dar um passo atrás. É claro que, por pressão do Conselho de Administração, a TAP vai repensar o que a sua Comissão Executiva unilateralmente decidiu. Vamos ver o resultado final dessa reflexão da Comissão Executiva, porque é a ela que compete o desenho das rotas", afirmou.

Ainda assim, Rio considerou este anúncio "positivo": "Negativo era não abrir a porta a nada".

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