PSD apela à penalização de Governo PS por “fracasso, ilusão e desorganização” - TVI

PSD apela à penalização de Governo PS por “fracasso, ilusão e desorganização”

  • SL
  • 11 set 2019, 16:41
Rui Rio

Presidente do PSD sublinhou que, "com os socialistas no Governo, os portugueses sabem bem os que os espera. Falência e bancarrota”

O PSD apelou esta quarta-feira aos portugueses para que penalizem nas legislativas o PS, cuja governação descreveu como uma “trilogia triste” de “fracasso, ilusão e desorganização”.

Frustração, insegurança e injustiça é a trilogia triste que expressa o sentimento dos portugueses que mereciam mais do que um Governo que foi demais a cobrar impostos. Um Governo assim tem que ser penalizado”, apelou o vice-presidente da bancada do PSD Adão Silva, numa declaração política na Comissão Permanente da Assembleia da República.

O deputado social-democrata descreveu a governação socialista como “um fracasso” na área da saúde e deixou uma convicção para as próximas legislativas.

Temos a certeza que, em 6 de outubro, os portugueses, bem conscientes dos malefícios e dos fracassos deste Governo socialista, escolherão outro caminho e outra política”, afirmou.

Adão Silva começou a sua intervenção fazendo um paralelismo entre as governações dos socialistas José Sócrates e António Costa.

“Com os socialistas no Governo, os portugueses sabem bem os que os espera. Falência e bancarrota”, avisou, dizendo que a Sócrates se seguiram “anos de sacrifício e de amargura impostos pela troika”.

No caso de António Costa, a maioria dos portugueses já conhece bem o custo das ilusões socialistas. É um custo que fica claro, antes de mais, no aumento máximo de impostos (…) Nunca um Governo cobrou tanto dinheiro em impostos e nunca um Governo deixou degradar tanto os serviços públicos que deviam ser vir os cidadãos”, afirmou.

As maiores críticas de Adão Silva centraram-se no Serviço Nacional de Saúde (SNS): “Fracasso! Esta é a melhor palavra que melhor resume a governação de António Costa no que diz respeito ao SNS”, resumiu, apontando os aumentos das listas de espera para consultas e cirurgias ou a recusa de tratamentos a doentes oncológicos como exemplos.

Na sua intervenção, Adão Silva aproveitou para um ‘remoque’ ao deputado socialista Carlos Pereira, que antes tinha pedido mais condições políticas ao PS para governar na próxima legislatura “sem empecilhos”.

“A ninguém pode ser aplicado o rótulo de empecilho, todos os senhores deputados foram muito importantes nesta legislatura”, afirmou o deputado do PSD.

Rio considera grave que PS prometa agora que saúde será a “joia da coroa”

O presidente do PSD, Rui Rio, considerou hoje "grave" que o PS prometa que a saúde será a "joia da coroa" na próxima legislatura, quando nos últimos quatros anos, o Serviço Nacional de Saúde se degradou de forma "brutal".

Todos nós sabemos que o Serviço Nacional de Saúde [SNS] está hoje muito pior do que estava há quatro anos. Quando o Governo vem dizer que investiu ou gastou mais dinheiro no Serviço Nacional de Saúde, então é grave. O que seria menos grave era dizer: nós cortamos muito, cortamos demais e agora vamos deixar de fazer isso. Não. O que ele diz é: nós até pusemos lá mais dinheiro. Então nós temos de perguntar: então pôs mais dinheiro e o serviço ainda está pior?", defendeu.

O líder do PSD e candidato pelo círculo do Porto questiona a legitimidade do PS para prometer, se ganhar eleições, melhorar o SNS.

O Governo está lá há quatros anos, degradou de uma forma brutal, agora dá um bocado o braço a torcer. Diz que está mal e que vai ter que pôr bem, mas não diz como é que vai pôr bem. E, da mesma maneira que fez, não dá", afirmou.

O primeiro-ministro, António Costa, reiterou hoje, em reação um estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS) que indica que Portugal é um dos quatro países que menos investiu em saúde entre 2000 e 2017, que este setor "será a joia da coroa" na próxima legislatura, sublinhando que nos últimos quatros foi feito um esforço de recuperação.

O secretário-geral do PS tinha já deixado esta promessa no dia 20 de julho, no discurso de encerramento da Convenção Nacional do PS, em Lisboa, que aprovou por unanimidade o programa eleitoral dos socialistas.

“Temos bem consciência que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) nos coloca desafios e, quando há um problema, o que um governante deve fazer não é fugir em pânico com o problema, mas olhar para o problema com frieza, analisá-lo nas suas causas e responder. O SNS, que este ano celebra 40 anos, que agora até tem uma nova lei de bases, merece todo o carinho e que seja a joia da coroa do investimento do PS na próxima legislatura", declarou à data.

A Lusa noticiou na terça-feira que Portugal surge como um dos únicos quatro países da região europeia em que a percentagem da despesa em saúde pública se reduziu entre 2000 e 2017.

No documento sobre o acesso equitativo à saúde, a OMS analisa 33 países e conclui que em 15 a despesa em saúde pública aumentou entre 2000 e 2017 e noutros 14 se manteve dentro dos mesmos níveis.

Apenas quatro países da região europeia registaram uma redução na despesa em termos percentuais do seu produto interno bruto: Portugal, Irlanda, Hungria e Israel.

Portugal surge com menos de 0,2% do PIB investido em saúde pública em 2017.

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