Rio acha que Costa abriu portas que estavam fechadas em Angola - TVI

Rio acha que Costa abriu portas que estavam fechadas em Angola

  • 19 set 2018, 18:20
Rui Rio

Líder do PSD considera que a sua própria visita a Luanda serviu para "ajudar". Sobre política interna, vai adiar apresentação de listas o mais possível, porque o clima de campanha eleitoral é “mau” para Portugal

O presidente do PSD considerou esta quarta-feira que a visita oficial do primeiro-ministro a Angola abriu portas que “no passado recente estiveram fechadas” e enalteceu “o clima favorável” a Portugal que encontrou quando se deslocou ao país.

Aquilo que eu previa, e aquilo que eu próprio desejava e procurei também ajudar [na minha visita], é que a visita oficial do primeiro-ministro a Angola corresse bem e abrisse portas que no passado estiveram abertas, mas que no passado recente estiveram fechadas. Eu penso que isso foi conseguido”, resumiu Rui Rio, em declarações aos jornalistas à margem da reunião do Partido Popular Europeu (PPE), em Salzburgo, na Áustria.

Rui Rio lembrou que teve oportunidade de estar em Angola em junho e que o clima que encontrou foi “favorável a um bom entendimento com Portugal”, tendo, na altura, procurado ajudar para que a visita oficial do primeiro-ministro, António Costa, fosse bem-sucedida.

Para Portugal é muito bom que esteja virado para a Europa, mas que não esqueça uma frente atlântica que tem 600 anos de história”, referiu.

"Mau para Portugal"

Em Salzburgo, onde se deslocou para participar na reunião do Partido Popular Europeu (PPE), e com Paulo Rangel, o atual líder da delegação do PSD ao Parlamento Europeu, ao seu lado, Rui Rio disse pretender gerir de forma coerente o dossier do cabeça de lista às eleições europeias, tentando que o clima de pré-campanha, “que vai existir”, aconteça “o mais para a frente possível”.

O presidente do PSD disse pretender adiar o mais possível o anúncio das listas do partido às eleições europeias, uma vez que o clima de campanha eleitoral é “mau” para Portugal.

Eu gostaria que, quer para as legislativas, quer para as europeias, o clima de campanha eleitoral fosse o mais adiado possível, porque acho que é mau para Portugal se os partidos entram cedo de mais num clima de pré-campanha”, avaliou.

Nós temos eleições legislativas daqui a um ano, as europeias em maio, se entrarmos em pré-campanha agora estamos um ano em campanha pré-eleitoral. Para Portugal é mau. Eu procurarei gerir os momentos de acordo com este princípio, que eu acho vital”, reforçou, antecipando, contudo, que este anúncio não acontecerá a “um ou dois meses” das eleições marcadas para maio.

Perante a insistência dos jornalistas sobre o tema, o líder social-democrata admitiu que a escolha do cabeça de lista do PSD às europeias é algo que lhe vem à cabeça “de vez em quando”.

Se não me viesse à cabeça, lá tratariam de me meter na cabeça para eu pensar”, concluiu, sem querer alongar-se sobre se haverá ou não alterações no elenco de eurodeputados: “logo se verá”.

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