Rio diz que "não aprendemos" com festejos e que "não há condições" para Santos Populares - TVI

Rio diz que "não aprendemos" com festejos e que "não há condições" para Santos Populares

Líder da oposição critica a "resposta mitigada" de António Costa e defende que, se fosse eleito primeiro-ministro, a decisão sobre a final da Liga dos Campeões em Portugal "era óbvia"

O presidente do PSD, Rui Rio considera que a situação da final da Liga dos Campeões na cidade do Porto foi duplamente "pior" que o que aconteceu com os festejos do Sporting em Lisboa.

Podíamos ter aprendido com os festejos do Sporting . No Porto ainda foi pior", refere Rio, explicando que a situação sanitária só por si foi pior, mas agravou porque o país devia ter aprendido com o resultado dos festejos em Lisboa.

Questionado pelos jornalistas em Monsanto, o líder da oposição critica a "resposta mitigada" de António Costa e defende que, se fosse eleito primeiro-ministro, a decisão "era óbvia": "A realização da final da Liga dos Campeões em Portugal sim. Desde que não tivesse público, para ser igual".

Rio justifica que "não era justo que possa haver apenas um jogo, e apenas porque não são equipas portuguesas e um público português passarem a ter um estatuto diferente".

As críticas ao Governo estendem-se ainda às medidas para o início da época balnear: "Não faz sentido. Nem percebi bem o que o Governo quer dizer em relação às praias".

"Não há condições" para festejar Santos Populares 

O líder do PSD defende ainda que "infelizmente não há condições para festejar os Santos Populares nos termos em que todos estamos habituados" e que "mais vale fazermos o sacrifício e conseguirmos segurar a pandemia".

Rui Rio diz que não aceita a justificação da economia, porque a sociedade estaria a deitar tudo a perder em 48 horas e, dessa forma, piorar ainda mais a situação socio-económica.

Nesse sentido, reforça que se fosse autarca do Porto "não criava condições" para os festejos do S. João como a instalação de carrosséis.

Vale a pena o sacrifício", apela.

O primeiro-ministro, António Costa, reconheceu na segunda-feira que “não correu tudo bem” com a final e os festejos da Liga dos Campeões de futebol, no Porto, mas não respondeu se havia consequências políticas a retirar.

Também na segunda-feira, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, defendeu que o que se passou em Lisboa, com os festejos da conquista do título pelo Sporting, não é comparável nem se repetiu no Porto, onde se realizou a final da Liga dos Campeões de futebol.

A Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte aconselhou no domingo vigilância e redução de contactos nos próximos 14 dias a quem frequentou no sábado, no Porto, locais relacionados com a final da Liga dos Campeões, em futebol.

Milhares de adeptos ingleses rumaram entre quinta-feira e sábado ao Porto para assistir à final da mais importante competição de clubes de futebol, no Estádio do Dragão, numa afluência que causou uma forte presença em locais como a Ribeira, onde se registaram desacatos.

No sábado, após o final do jogo que o Chelsea venceu por 1-0 ao Manchester City, dois adeptos ingleses foram detidos pela PSP após terem agredido agentes policiais, o que fez com que um dos polícias tivesse de ser suturado na face no Hospital Santo António.

Após a partida, cerca de 50 aviões com adeptos das duas equipas partiram do aeroporto Sá Carneiro rumo a Londres e a Manchester.

 

Continue a ler esta notícia