Rio gostou do debate quinzenal: "O Parlamento não é uma arena" - TVI

Rio gostou do debate quinzenal: "O Parlamento não é uma arena"

  • AR - notícia atualizada às 13:07
  • 1 mar 2018, 12:54

Presidente do PSD elogia o esgrimir de argumentos mais calmo e esclarecedor e diz que gostou da prestação de Fernando Negrão

O presidente do PSD, Rui Rio, elogiou esta quinta-feira a estreia de Fernando Negrão como líder parlamentar social-democrata, considerando que o debate quinzenal foi mais calmo e esclarecedor, o que credibiliza o parlamento, que não deve ser uma arena.

Eu gostei não só da estreia do líder parlamentar do PSD como do debate como um todo", respondeu Rui Rio aos jornalistas quando questionado sobre o debate quinzenal com o primeiro-ministro de quarta-feira, o primeiro de Fernando Negrão.

Para o presidente do PSD, que não tem assento no Parlamento, "aqueles debates, a existirem, têm de ser uns debates mais tranquilos, mais calmos, mais esclarecedores".

Quando nós transformamos o Parlamento numa arena de uns contra os outros, a gritar, eu acho que isso descredibiliza o Parlamento e descredibiliza os protagonistas. O debate de ontem [quarta-feira], muito pelo tom que o doutor Fernando Negrão imprimiu, foi um debate com um cariz diferente e eu acho que é um cariz melhor", elogiou.

Na opinião de Rio, desta forma, "fala-se de uma forma mais tranquila, mais pausada, esclarece-se ou não - uma vez que "uns sentem-se esclarecidos, outros não" - e "a imagem do Parlamento sai reforçada quando assim é".

Pode ser menos apelativo para as televisões, mas para o povo é seguramente mais credibilizador", observou.

O líder social-democrata sustentou que "o normal é que sejam debates esclarecedores e pausados", salvo as "circunstâncias especiais em que as pessoas se podem irritar um pouco mais", o que diz ser "normal da vida parlamentar".

"As pessoas não têm que estar a guerrear-se com muita violência", apelou.

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No debate quinzenal com o primeiro-ministro de quarta-feira, Fernando Negrão manifestou toda a disponibilidade para dialogar com o Governo em nome do "interesse nacional", mas prometeu ao mesmo tempo uma "oposição responsável, construtiva e firme".

Na resposta, António Costa disse reencontrar Fernando Negrão "com gosto", depois de se terem cruzado na Câmara Municipal de Lisboa e em outras funções, e saudou a forma como este disse encarar os debates quinzenais.

Reunião com a bancada do PSD "a partir da próxima semana"

Rui Rio adiantou hoje que se reunirá com a bancada parlamentar "a partir da próxima semana", considerando que é a consciência de cada deputado que deve ditar o que fazer caso não queira colaborar com a nova liderança.

Durante uma visita esta manhã à BTL - Bolsa de Turismo de Lisboa, o presidente dos sociais-democratas foi questionado pelos jornalistas sobre a data da reunião com o grupo parlamentar do PSD, que tem uma nova direção, presidida por Fernando Negrão.

Agora, numa primeira oportunidade. Vai ser eleita a direção toda, penso que hoje ou amanhã e depois a partir da próxima semana então irei lá", respondeu, dizendo apenas que é provável que o encontro aconteça já na próxima semana.

Questionado se não considerava importante estar hoje na primeira reunião do grupo parlamentar depois da eleição de Fernando Negrão como líder, Rui Rio atirou: "se achasse que era importante estar lá hoje, estaria. Se não estou?".

Sobre a ideia, que tinha defendido após o encontro do início da semana com o Presidente da República, de que contava com todos os deputados, o presidente do PSD insistiu que conta com os 89 parlamentares, mas ressalvou que "se houver alguns que não quiserem colaborar", não os pode obrigar.

Interrogado se esses deputados devem renunciar ao mandato, Rio foi perentório: "a consciência deles é que dirá".

Também depende da forma como eles estão contra, se estiverem contra. Podem estar um bocadinho contra ou muito contra, digamos assim. Eu também fui deputado e não tive de estar sempre de acordo com tudo, tudo, tudo do grupo parlamentar fez", admitiu.

Acompanhado na visita por deputados como Pedro Pinto - líder da distrital do PSD/Lisboa apoiante de Santana Lopes nas eleições internas - o presidente do PSD respondeu aos jornalistas que o machado de guerra está enterrado desde o congresso, recordando que próprio Fernando Negrão não o apoiou.

Rui Rio notou ainda que a turbulência de que falou quando foi à sede do PSD depois de ganhar eleições diretas de 13 de janeiro "está a atenuar".

Durante a BTL engraxou os sapatos no stand do Turismo Porto e Norte de Portugal para assim "levar os sapatos direitinhos para almoçar com a doutora Assunção Cristas", mas sobre esse encontro de hoje não quis antecipar nada aos jornalistas.

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