Rui Rio: pedir ao PS para votar travão financeiro é como “pedir ao peru que vote a favor do Natal” - TVI

Rui Rio: pedir ao PS para votar travão financeiro é como “pedir ao peru que vote a favor do Natal”

  • SL
  • 9 mai 2019, 20:07
Rui Rio

Presidente do PSD voltou a referir-se à ameaça de demissão do primeiro-ministro como “um golpe de teatro” para “abafar a campanha das europeias”

O presidente do PSD disse, esta quinta-feira, não esperar que o PS vote a favor do “travão financeiro” para a recuperação do tempo integral dos professores, considerando que seria “como pedir ao peru para votar a favor do Natal”.

No encerramento da convenção temática do Conselho Estratégico Nacional do PSD dedicada aos Assuntos Europeus, Rui Rio voltou a referir-se à ameaça de demissão do primeiro-ministro, António Costa, como “um golpe de teatro” para “abafar a campanha das europeias”.

Amanhã [sexta-feira] teremos o penúltimo ato da peça de teatro, com a votação do travão financeiro. Pedir ao PS que vote a favor de uma cláusula que vise pôr um travão financeiro é a mesma coisa que pedir ao peru para votar a favor do Natal. Por isso, não tenho grandes expectativas”, afirmou”, perante risos da plateia.

Para o presidente do PSD, o “último ato da peça de teatro” acontecerá nos próximos dias, com o aparecimento de uma sondagem a dizer “que correu muito bem e vão ganhar as eleições”.

O líder do PSD acusou Costa de “défice de sentido de Estado”, considerando que a obrigação de um primeiro-ministro é garantir a estabilidade e evocou o seu antecessor, Pedro Passos Coelho.

Em período económico muito difícil, o primeiro-ministro Passos Coelho fez exatamente o contrário”, realçou, recebendo um forte aplauso dos apoiantes.

No encerramento da convenção do CEN, o ex-ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional Miguel Poiares Maduro – que aceitou, simbolicamente, ser o último da lista do PSD às europeias – também se referiu aos acontecimentos dos últimos dias.

Um empresário que foge aos impostos não é um empresário de sucesso, mas um aldrabão; quem sabe de crime e não denuncia é um cobarde; um futebolista que cava um penálti é um batoteiro. Um político que inventa factos e se move apenas oportunismo nunca será um político de sucesso, será um homem sem princípios com ocasional sucesso político”, afirmou.

Poiares Maduro acusou o PS e o atual Governo de serem “os campeões do Photoshop” por continuarem a ‘apagar’ as referências ao executivo de José Sócrates.

Ouvir o PS falar de responsabilidade orçamental é o mesmo que ouvir um pirómano apresentar um plano de combate aos incêndios”, acusou, manifestando estranheza por António Costa exigir à oposição uma responsabilidade que “diz nunca ter esperado daqueles que escolheu para parceiros de governação”.

O PS já tinha informado, esta quinta-feira, que votará na sexta-feira, no parlamento, contra as avocações propostas para plenário pelo PSD e CDS sobre condicionantes à contabilização do tempo integral de serviço dos professores e contra o texto final do diploma.

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