"Tricas" que portugueses dispensam, diz Rio sobre polémica do Conselho Nacional - TVI

"Tricas" que portugueses dispensam, diz Rio sobre polémica do Conselho Nacional

  • VC com Lusa
  • 15 jan 2019, 15:18

Presidente do PSD recusa comentar críticas sobre dia e hora da reunião extraordinária, que está marcada para quinta-feira, às 17:00, no Porto, hora a que ainda decorrem trabalhos no Parlamento, em Lisboa

Rui Rio tinha dito que não iria "animar a comunicação" social com questões internas do PSD e, apesar de se ter escusado esta terça-feira a comentar a polémica relacionada com o dia e a hora escolhidos para a realização do Conselho Nacional extraordinário do partido, ainda atirou que portugueses não querem saber de “tricas”.

A marcação do Conselho Nacional extraordinário do PSD que vai votar a moção de confiança à direção nacional dos sociais-democratas, para as 17:00 de quinta-feira, no Porto, tem vindo a motivar críticas dentro do partido.

Questionado pelos jornalistas, no final de uma visita a uma fábrica de rolhas de cortiça em Santa Maria da Feira, o presidente social-democrata disse que só falava sobre empresas: “Falo sobre empresas que é aquilo que ando a fazer e que eu penso que aos portugueses interessa muito mais do que as tricas de um partido político”.

Ora, esta terça-feira, o ex-líder parlamentar do PSD Hugo Soares criticou a hora escolhida para a realização do Conselho Nacional extraordinário do PSD, no seguimento do que já havia feito na segunda-feira o líder do PSD/Lisboa, Pedro Pinto.

Com a escolha desta hora, Hugo Soares diz que Rui Rio “impossibilita os deputados de participarem num Conselho Nacional decisivo para o futuro do PSD nos próximos anos”.

Creio que só pode haver um propósito, com toda a franqueza, que é evitar uma participação efetiva dos militantes - dos conselheiros nacionais - nesta decisão. Já houve uma primeira decisão, que foi trocar 100 mil para ouvir 136. Essa foi a primeira decisão do Dr. Rui Rio".

O artigo 68.º dos estatutos do PSD determina que “as moções de confiança são apresentadas pelas Comissões Políticas e a sua rejeição implica a demissão do órgão apresentante”.

A reunião surge depois do desafio do antigo líder parlamentar do PSD Luís Montenegro ter pedido a convocação de eleições diretas antecipadas e de Rui Rio o ter rejeitado e decidido submeter a direção a um voto de confiança do Conselho Nacional.

O Conselho Nacional é composto por 136 membros, cerca de 70 eleitos e outros tantos por inerência.

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