LIVRE abre as portas aos «cidadãos» para definição de listas - TVI

LIVRE abre as portas aos «cidadãos» para definição de listas

Rui Tavares (Lusa)

Programa político também vai estar em discussão. «Vai ser o lançamento da candidatura às legislativas de 2015, num processo aberto, de grande inclusão dos cidadãos e de construção de um programa de governação antiausteritário»

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 LIVRE e movimentos associados abrem portas sábado, em Lisboa, aos cidadãos interessados na definição de listas de candidatos a deputados e a um programa político que, idealmente, venha a influenciar o próximo Governo.

Sábado, no Fórum Lisboa, a organização espera perto de 600 participantes, entre as 09:00 e as 19:00, para discutir e aprovar vários documentos, prevendo-se intervenções do filósofo Viriato Soromenho-Marques, a fechar, antecedido pela ex-deputada bloquista Ana Drago, previsivelmente a partir das 15:00, e pelo antigo eurodeputado independente pelo BE Rui Tavares, fundador do partido «da papoila».

«Vai ser o lançamento da candidatura às legislativas de 2015, num processo aberto, de grande inclusão dos cidadãos e de construção de um programa de governação antiausteritário. O objetivo é mobilizar, até tendo em vista a eleição primária de candidatos, que procuraremos levar a todo o país, fazendo uma viragem na resposta àquilo que uma maioria social deseja e precisa», disse à Lusa o membro do secretariado do evento e do grupo de contacto do LIVRE André Barata.

Segundo o responsável, a intenção é ir ao encontro do que consideram «a vontade de mudança da atual governação pela inevitabilidade», pois, «desta vez, há um partido que oferece a sua estrutura legal para dar corpo a uma candidatura cidadã e não limitar-se a ter independentes nas suas listas».

«Queremos mudar a forma e o conteúdo de fazer política, mas a governar. Haver uma verdadeira alternativa de governação é o grande objetivo», resumiu o membro da força política reconhecida pelo Tribunal Constitucional em março de 2014 e que foi a sétima mais votada nas europeias de 25 de maio de 2014 (mais de 70 mil sufrágios).

Um dos textos sobre a mesa no sábado intitula-se «De todos para todos», onde se lê que «há quem queira mudar, mas se recuse a governar» e «há quem queira governar, mas se recuse a mudar», em referência ao tradicional impasse para uma convergência política à esquerda em Portugal.

Além daquele documento de orientação política geral, os participantes vão debruçar-se sobre as principais linhas programáticas a seguir - «Avançar agora para recuperar o futuro» -, definindo ainda os princípios orgânicos do movimento, o regulamento de eleição dos órgãos internos e das eleições primárias, bem como o regimento da própria convenção.

A «Tempo de Avançar» junta as associações Fórum Manifesto, dos ex-bloquistas Ana Drago e Daniel Oliveira, e Renovação Comunista, o Movimento de Intervenção e Cidadania do Porto (MIC-Porto) - participante na candidatura presidencial do histórico socialista Manuel Alegre - e outras personalidades da esquerda envolvidas no «Manifesto 3D» («Dignidade, Democracia e Desenvolvimento») e Congresso Democrático das Alternativas, como Boaventura Sousa Santos, Isabel do Carmo, José Castro Caldas, Pilar del Rio ou Ricardo Sá Fernandes.

Sexta-feira, pelas 18:30, diversos elementos desta convenção cidadã vão já organizar e participar numa sessão pública sobre urgências hospitalares - «O inverno não é uma catástrofe» -, na sede da Associação 25 de Abril, em Lisboa, com a presença de representantes de médicos e enfermeiros, escreve a Lusa.
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