Nóvoa não "defende" fast food porque “pressa é má conselheira” - TVI

Nóvoa não "defende" fast food porque “pressa é má conselheira”

Nono dia de campanha terminou com um comício em Setúbal onde participaram Ana Catarina Mendes, Eduardo Cabrita e Vítor Loureiro

As cadeiras do cinema Charlot, em Setúbal, não foram suficientes para aqueles que queriam assistir ao comício de Sampaio da Nóvoa, mas isso não foi impedimento para que o mesmo arrancasse.

Entre palmas e abraços, o candidato presidencial chegou ao palco para agradecer a quem ali estava, mas rapidamente cedeu lugar a Ana Catarina Mendes que não se fez de rogada ao pedir aos setubalenses que “votem em massa” no próximo domingo para derrotar Marcelo Rebelo de Sousa.
 
Mesmo reconhecendo que a direita poderá conseguir “mais votos” numa primeira volta, a secretária-geral adjunta do PS mostrou-se confiante numa segunda volta com Sampaio da Nóvoa a enfrentar Marcelo, o candidato que fará a esquerda unir-se para derrotar o “verdadeiro adversário, um Presidente da direita”.

"A direita uniu-se para tentar eleger Marcelo Rebelo de Sousa. Por isso, ele será, com toda a probabilidade, quem mais votos tem na primeira volta. Nada de surpreendente ou inultrapassável. Foi assim que sucedeu com Freitas do Amaral".

 

'Fast food' chega à campanha


Mas o ataque a Marcelo Rebelo de Sousa não se ficou por aqui e, num discurso que no final foi aplaudido de pé, Sampaio da Nóvoa usou um novo termo para classificar a candidatura do adversário: fast food.

“O voto nesse candidato seria uma espécie de solução fast food: a coisa já vem empacotada, com rótulo e publicidade, mas conhece-se mal o que está lá dentro. E o pior vem depois: a comida sabe pior, faz pior e, a médio prazo, tem mesmo tudo para ser uma desgraça. A pressa é quase sempre má conselheira. A ‘fast food' não é a comida que defendo”.


Palmas e mais palmas para o candidato que se voltou a mostrar convicto numa segunda volta, mesmo tendo partido em desvantagem no que diz respeito à visibilidade mediática.

"Há muito caminho a percorrer para derrotar alguém que passou uma vida na televisão a falar sem contraditório. (...) No domingo, quando estivermos a conhecer os resultados das eleições e tivermos a certeza que passamos à segunda volta, nesse dia, partiremos os dois da mesma a linha de partida. Aí, as eleições serão mais justas e a vitória será nossa com toda a certeza".


Antes de Sampaio da Nóvoa subir ao palco, discursaram o ministro-adjunto Eduardo Cabrita e Vítor Loureiro. O ministro deslocou-se esta segunda-feira a Setúbal “como cidadão” para apoiar o seu antigo reitor e foi pegando nos tempos da Universidade de Lisboa, que Cabrita afirmou que apenas confia em Sampaio da Nóvoa para ser o próximo chefe de Estado do país.

"Precisamos de um Presidente como Sampaio da Nóvoa, que sabe ouvir e que sabe falar no momento adequado, sabe ter a palavra adequada para a formação do lugar próprio da Presidência da República no nosso sistema político".


Por sua vez, Vítor Ramalho, histórico socialista, afirmou que a candidatura à presidência da República não tem de implicar os partidos uma vez que representa a candidatura ao "único órgão de soberania unipessoal", respondendo assim às palavras de Maria de Belém.

"É suposto que quem se apresenta à candidatura é a pessoa, não os partidos. Isto não são eleições legislativas. É estranho uma pessoa que quer defender a Constituição, não saber o que diz a Constituição”.

O nono dia de campanha de Sampaio da Nóvoa começou nos Açores, mas rapidamente viajou para o continente. Já em Lisboa, o candidato rumou a Sintra, para visitar o quartel dos Bombeiros Voluntários de São Pedro de Sintra - acompanhado por Edite Estrela (que tem o seu nome gravado num dos carros de combate a incêndio daquela corporação), Gabriela Canavilhas e Correia de Campos - antes de rumar ao Cacém para uma pequena arruada na Avenida dos Bons Amigos, onde até uma espécie de selfie tirou.

 


Esta terça-feira, a caravana SNAP volta a rumar à margem sul do Tejo, com uma visita à Lisnave.
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