Nóvoa responde à pergunta mais temida: "Vai mesmo mudar Portugal?" - TVI

Nóvoa responde à pergunta mais temida: "Vai mesmo mudar Portugal?"

Sampaio da Nóvoa começou o 12.º dia de campanha em Braga e terminou-o no Porto com duas iniciativas: a arruada na rua Santa Catarina e um comício no pavilhão do Académico Clube

O dia começou cedo para Sampaio da Nóvoa. Eram 9:00 quando a caravana SNAP partiu rumo a Braga para uma breve incursão no mercado municipal, o mesmo mercado onde na campanha para as eleições legislativas a comitiva PAF foi apertada por populares.

Mas o candidato reitor foi bem recebido pelas gentes de Braga que lhe abriram as portas de par em par e o deixaram percorrer os corredores entre as vendas. Se Sampaio da Nóvoa tinha muitos a acompanhá-lo, os comerciantes gostavam de ter o mesmo número de pessoas como clientes. Sim, porque no mercado, o candidato a Belém poucas pessoas encontrou que não fossem comerciantes. E esses, tinham muito para lhe dizer.

"Precisávamos era desta gente toda a comprar. Só se lembram de nós de quatro em quatro anos". A reclamção vem de Maria, que vende fruta e legumes no mercado em Braga há mais de 30 anos. À voz de Maria juntam-se muitas mais, como a de Ana Costa, que diz que o povo não compra nada porque “não há dinheiro".


A par com as vozes que protestam, surgem as vozes de quem quer conhecer o “senhor tão simpático que aparece na televisão”. E dar-lhe um beijinho. “Ou dois, são de graça....”

 

Entre beijinhos, abraços com palmadas nas costas e até um pezinho de dança, a visita, de cerca de 40 minutos, ao mercado de Braga “rendeu” a Sampaio da Nóvoa a garantia de mais alguns votos – alguns até já destinado a outros candidatos. E ainda teve direito a piropos: 
 

 


“Daqui a um ano volto cá e vocês dizem-me”


“É bom sentir a confiança de que este país pode contar com o espírito crítico e a vivacidade destes jovens”. Foi desta forma que Sampaio da Nóvoa descreveu a visita de esta quinta-feira à Escola Secundária da Trofa, onde irrompeu por uma sala do 10.º ano onde decorria uma aula de Filosofia.

O tema da aula era “Ética e Valores” e os alunos quiseram saber quais os valores daquele que se propõe a ser o próximo chefe de Estado. Conseguirá Sampaio da Nóvoa mudar Portugal? 

"Tenho de voltar cá daqui um ano e vocês é que me vão dizer", respondeu o candidato aos alunos que ao longo de cerca de 25 minutos o interpelaram com as mais diversas questões. Tantas que mesmo quando deu o toque da saída, ninguém se levantou sem que o professor Nóvoa terminasse a resposta.

A excitação de ter o candidato presidencial na escola, deu azo a alguns momentos caricatos durante a visita: houve direito a selfies, a corrida do candidato na escadaria e a ouvir Rosa Mota, mandatária da candidatura de Sampaio da Nóvoa, a oferecer-se para tirar dúvidas a um dos alunos caso este tenha dúvidas... em quem votar no próximo domingo.

Após a visita aos adolescentes, era tempo da visita às crianças. A caravana SNAP rumou a Gondomar para a visitar a IPSS “Vai-Avante” onde o candidato, para além de se voltar a mostrar muito à vontade entre os mais pequenos - "com bebés tenho muito jeito" -, deixou à vista os seus dotes musicais.

 

 

E já que era de música que se falava, estava na  hora da festa e Sampaio da Nóvoa seguiu viagem para o Porto para as duas últimas iniciativas do dia.
 

“Martelos há muitos, mas é no São João”


Era o momento mais aguardado na campanha a norte: a arruada na Rua de Santa Catarina, no Porto. Passavam dez minutos das 17:00 quando Sampaio da Nóvoa deu início à descida da rua, que teve início da Praça da Batalha ao som de bombos e gritos de “Nóvoa a presidente”.


Acompanhado por cerca de 200 pessoas, entre as quais Rosa Mota e a mãe de António Costa, Maria Antónia Paula, o candidato a Belém foi cumprimentado todos com quem se cruzava na rua. Uns reagiam bem, mas também houve quem aproveitasse o cumprimento de Nóvoa para gerar momentos de tensão, levando a que o candidato saído do “abraço” mais rápido do que o normal.

Cerca de 30 minutos depois do início da arruada, Sampaio da Nóvoa subiu a um banco e discursou para quem o tinha acompanhado naquela caminhada.

“Hoje é claro para toda a gente que é a única campanha e a única candidatura que pode ser uma alternativa à candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa. Apelo a todos para se juntarem a esta candidatura”.


Palmas e apupos a Marcelo Rebelo de Sousa, um dos dois adverários de Sampaio da Nóvoa (o candidato continua a garantir que apenas o ex-líder do PSD e a abstenção são os seus adversários) nesta campanha.

E no meio das 200 pessoas, um senhor comentava com o colega do lado: “Martelos? Martelos já temos cá muitos... mas é no São João”.
 

Um comício e uma certeza: a segunda volta


Nem a divulgação das sondagens que desfazem a ideia numa segunda volta desanimaram os ânimos do comício marcado para o pavilhão do Atlético Clube, no Porto. Casa cheia, com mais de mil pessoas, e muitos gritos de "Nóvoa a presidente" marcaram a noite em casa nortenha.

Com um atraso considerável, o comício arrancou pela voz da mandatária Elisa Ferreira, que foi a primeira a mostrar que a candidatura continua a acreditar que vai mesmo haver segunda volta, até por que esta é a candidatura que vai "devolver a dignidade ao cargo de Presidente da República".

"[Por isso] É preciso haver uma segunda volta".


Ideia corroborada pelo vereador da Câmara do Porto, Manuel Pizarro, que depois de ter marcado presença na arruada subiu a palco para afirmar que o antigo reitor é essencial para os "desafios" que se avizinham para Portugal.

"Vamos eleger um dos melhores de nós como Presidente da República".


Um dos melhores e que conta com um apoio de peso: o antigo presidente da República, Ramalho Eanes, que esta quinta-feira o convidado de honra do comício.

"Sampaio da Nóvoa é um dos meus, é um dos nossos".


Num discurso de 38 minutos, Eanes traçou um perfil do antigo reitor, lembrando que este é um "cidadão ímpar", "sempre preocupado com o país" e que sabe reagir "às adversidades e, perante elas, criar pontes” para as suplantar.

"Sampaio da Nóvoa tem evidenciado capacidade de ouvir, dialogar, agir, e mobilizar consensos".

E foi consenso o que se gerou na sala quando o candidato subiu a palco. As mil pessoas tardaram em deixar o discurso começar e não resistiram mesmo em brindar o candidato com "cânticos de vitória" a meio do discurso. Para estes apoiantes, "Nóvoa já ganhou". "Não é preciso ir à segunda, ganhamos à primeira".

Sampaio da Nóvoa voltou a repetir o que já havia dito em Felgueiras: a sua candidatura é a mais capaz de conseguir devolver esperança no futuro e por isso mesmo, a "única" capaz de derrotar Marcelo Rebelo de Sousa.

Aproveitando para agradecer e elogiar a mandatária e atleta Rosa Mota, que acompanhou as várias ações de campanha do 12º dia, o candidato aproveitou para fazer uma comparação entre o atletismo e as eleições presidenciais. 

"A verdade é que tentaram fazer desta eleição uma meia-maratona, pronta para acabar na primeira volta. Mas nós estamos cheios de energia para levar esta corrida até ao fim. Para Portugal uma meia-maratona é pouco. O país merece uma campanha completa, disputada e esclarecedora do princípio ao fim.


Até porque na cabeça de Sampaio da Nóvoa o desfecho está bem claro e é "muito simples": vai discutir-se entre ele e Marcelo Rebelo de Sousa.
 

"A corrida chegou ao momento em que o desfecho é muito simples. Ou ganha o candidato apoiado ainda hoje por Paulo Portas, e há poucos dias por Passos Coelho, ou ganha esta candidatura. Como ainda hoje vimos em todas as sondagens, só esta candidatura está em condições de forçar a segunda volta e essa segunda volta é cada vez mais possível, cada vez mais certa"


A campanha para as presidenciais de Sampaio da Nóvoa encerra em Lisboa. O dia arranca com um almoço na Cervejaria Trindade seguindo-se a típica descida do Chiado. À noite, o candidato jantará mandatários na Churrasqueira do Campo Grande, terminando o dia com um comício na Aula Magna.

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