Jamila Madeira "surpreendida" com saída de secretária de Estado "por opção" de Marta Temido - TVI

Jamila Madeira "surpreendida" com saída de secretária de Estado "por opção" de Marta Temido

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  • RL - atualizada às 18:51
  • 17 set 2020, 13:37

A secretária de Estado cessante Adjunta e da Saúde salientou que não pediu para abandonar o Governo

A secretária de Estado cessante Adjunta e da Saúde Jamila Madeira salientou esta quinta-feira que não pediu para abandonar o Governo e manifestou-se "surpreendida" com a sua saída do cargo "por opção" da ministra Marta Temido.

Não pedi para sair e naturalmente fiquei muito surpreendida com a opção da senhora ministra da Saúde [Marta Temido]. Mas saio de consciência tranquila de missão cumprida com a certeza de que fiz tudo o que estava ao meu alcance num ano particularmente inédito", escreveu Jamila Madeira numa nota enviada à agência Lusa.

Na quarta-feira à tarde, o primeiro-ministro, António Costa, propôs a substituição de cinco secretários de Estado do seu Governo ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que aceitou essas mudanças que abrangem os ministérios da Educação, Saúde, Infraestruturas e Habitação, e Mar.

Jamila Madeira, antiga líder da Juventude Socialista, que foi eurodeputada e também dirigente do PS sob a liderança de António José Seguro, saiu das funções de secretária de Estado Adjunta e da Saúde, cargo que será desempenhado por António Lacerda Sales, que sobe assim na hierarquia da equipa liderada pela ministra Marta Temido.

Para a equipa do Ministério da Saúde, entra como novo secretário de Estado Diogo Serras Lopes, até aqui vice-presidente do conselho diretivo da Administração Central do Sistema de Saúde e que foi assessor para as questões económicas no gabinete do primeiro-ministro, António Costa.

Na sequência do anúncio desta mudança, o jornal Público noticiou que a saída de Jamila Madeira do cargo de secretária de Estado foi uma exigência a ministra Marta Temido.

Na mensagem que enviou à agência Lusa, Jamila Madeira, que foi eleita deputada pelo círculo de Faro e que regressa à Assembleia da República, refere que teve "muito orgulho em trabalhar".

Faço votos que tudo continue a correr pelo melhor. A bem de todos", acrescentou.

Na última legislatura, Jamila Madeira, enquanto deputada, foi coordenadora da bancada socialista para as questões de saúde.

 

"Volto para o parlamento e o meu papel na política continua"

 

A ex-secretária de Estado Jamila Madeira, que se manifestou "surpreendida" com a sua exoneração do Governo, salientou esta quinta-feira que vai continuar na vida política e que sai do executivo com contas positivas no Serviço Nacional de Saúde.

Jamila Madeira falava aos jornalistas no Palácio de Belém, no final da breve cerimónia de posse de cinco novos secretários de Estado, após uma remodelação feita pelo primeiro-ministro que abrangeu os ministérios da Educação, Saúde, Infraestruturas e Habitação, e Mar.

Volto para a Assembleia da República. O meu papel na vida política e partidária continua", declarou a antiga líder da Juventude Socialista, que foi também eurodeputada e dirigente do PS sob a liderança de António José Seguro.

Perante os jornalistas, Jamila Madeira procurou transmitir a ideia de que cessa funções num momento em que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) apresenta resultados financeiros positivos.

Após este quase um ano de mandato nas funções de secretária de Estado Adjunta e da Saúde, gostava de dizer que é com orgulho que saio num momento em que podemos dizer que terminou o mito do SNS ser um buraco sem fundo", afirmou.

De acordo com a ex-secretária de Estado, "pela primeira vez", a meio de setembro, "os números da conta do SNS demonstram a sua sustentabilidade [financeira], algo tão importante para os portugueses".

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