«Não peço o voto dizendo depois logo se vê» - TVI

«Não peço o voto dizendo depois logo se vê»

Seguro diz que está a preparar-se há três anos e defende a «regra de ouro» de só prometer o que pode cumprir

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O secretário-geral do PS, e candidato nas primárias do partido, afirmou hoje estar a preparar-se há três anos para o projeto de mudança de rumo de Portugal, defendendo a «regra de ouro» de só prometer o que pode cumprir.

«A mudança que propomos é uma mudança de rumo para Portugal«, afirmou António José Seguro num jantar no Funchal com apoiantes da sua candidatura na Madeira, onde reuniu cerca de 600 militantes e simpatizantes.

O responsável socialista sublinhou que está a preparar-se para este projeto há três anos.

«Eu não me preparei em três dias, três semanas ou em três meses, não proponho conquistar o vosso voto e não peço o vosso voto dizendo: depois logo se vê o que vou fazer», afirmou.

O líder do PS adiantou que está a apresentar «um contrato de confiança, com uma visão clara, com estratégia, com caminho e prioridades, 80 compromissos concretos» e sustentou ser necessária uma «nova forma de fazer política» em Portugal, que acabe com «a promiscuidade entre política e negócios», como forma de renovar a confiança dos portugueses também nas instituições e nos sistemas de justiça e financeiro.

Seguro defendeu também ser preciso «introduzir na política a regra de ouro de só prometer aquilo que se tem a certeza de poder cumprir», assegurando ser o que tem feito nos últimos três anos.

«A política não tem a ver com jogos de poder, com a dança de cadeiras, essa é a velha política que precisa ser derrotada, tem a ver com as pessoas, dar-lhes melhores condições de vidas e é esse projeto de mudança de nova política que trazemos para Portugal», sublinhou.

António José Seguro assumiu ser «um defensor da autonomia para a Região da Madeira, mas não de uma autonomia no sentido de dizer: tomem lá a autonomia e agora amanhem-se, tratem cada um por si».

Na opinião de Seguro, «a autonomia propõe responsabilidade, mas também pressupõe cooperação partilhada e uma entreajuda entre o Governo da região e o da Republica».

«Queria reafirmar perante vós que, no Governo da República, a Madeira, os madeirenses e porto-santenses terão um amigo e um primeiro-ministro que conhece bem a região», declarou.

Seguro disse conhecer bem a região autónoma, as suas dificuldades e potencialidades, propondo uma «aliança de progresso, um pacto de confiança para desenvolver cada um dos concelhos da Madeira» e insistiu no compromisso de atribuir benefícios fiscais apenas às empresas da zona franca da Madeira que criem emprego e investimento na região.

O líder socialista, que visitou as câmaras de Machico e Funchal, destacou que os quatro municípios liderados pelo PS na região resultaram da «maior vitória em eleições autárquicas em 40 anos de democracia em Portugal» e foi «uma lufada de esperança para os madeirenses e porto-santenses».
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